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Cuiabá, 09 de Maio de 2025
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24 de Abril de 2022, 07h:57 - A | A

NACIONAL / O GOLPE TÁ AÍ

Falsas videntes são investigadas por estelionato e extorsão

Com promessas de reatar namoros, oferecer empregos e desfazer maldições, grupo chega a ameaçar vítimas

PAOLLA SERRA
O GLOBO



 

Diante de dificuldades em seu relacionamento amoroso, uma administradora, empresária e moradora de Ipanema, na Zona Sul do Rio, de 28 anos, procurou um site que oferecia “trabalhos espirituais”. Pela página, Samantha Lhuba Vuletic Gaichi, que se identifica como Mãe Sofia, e Marcelo Vacite, que se apresenta como Pai Luiz, avisaram que havia sido feito um “trabalho” contra a moça, sendo necessária então uma “limpeza espiritual”, serviço oferecido pela dupla por R$ 14 mil. Embora surpresa com o valor, ela, preocupada, decidiu transferir o dinheiro para eles.

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A partir de então, Mãe Sofia e Pai Luiz passaram a exigir novos depósitos para que o “trabalho” não voltasse e a “limpeza” perdurasse. Por vezes, as cobranças eram tão incisivas que a jovem, sem condições de arcar com as transações à vista, comprava, no cartão de crédito, celulares, roupas e artigos de luxo que eram entregues na casa deles, em um condomínio de alto padrão em Barueri, na região metropolitana de São Paulo. O prejuízo total foi de exatos R$ 327.805,83.

 

De acordo com investigações das polícias civis de São Paulo e do Rio, Samantha e Marcelo fazem parte de uma organização criminosa que atua de forma estruturalmente ordenada, com clara divisão de tarefas, para aplicação do que chamam de “engodo espiritual”, com o único objetivo de obter vantagem econômica, mediante as práticas de extorsões e estelionatos. Pelo menos dez pessoas vêm sendo investigadas por esses crimes.

No inquérito da 13ª DP (Ipanema) que apura os golpes praticados contra a empresária, foram indiciados também Tabata Stanesco, Tiago Nicolitch Petrovich, Tiago Marcicano Elias, Rafael Marcicano Elias e Marcelo Marcicano Elias. Os dois primeiros forneceram suas contas para receber os valores repassados pela mulher; os três últimos ficaram responsáveis pelas cobranças. Na última delas, um bilhete em tom ameaçador foi deixado no endereço onde moravam a mãe e o padrasto da moça. Leia mais em O Globo

 

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