LAICE SOUZA
DA REDAÇÃO
O desembargador Ítalo Mendes do Tribunal Regional Federal da 1ª Região se declarou suspeito para julgar pedido de habeas corpus impetrado pela defesa do ex-secretário de Fazenda de Mato Grosso, Eder de Moraes Dias. No andamento processual não há informações sobre os motivos que levaram o desembargador mato-grossense a se declarar suspeito.
O habeas corpus de Eder foi distribuído no dia 7 de julho. No dia 8 Ítalo Mendes já se posicionou sobre a suspeição e agora o habeas corpus, que foi redistribuído, está sob a responsabilidade do desembargador Mário César Ribeiro.
Ainda não há nenhuma decisão sobre o pedido feito pela defesa do ex-secretário, que é conduzida pelo advogado Paulo Inácio Dias Lessa.
Ainda não há nenhuma decisão sobre o pedido feito pela defesaque é conduzida pelo advogado Paulo Lessa.
O ex-secretário de Fazenda do Estado está preso desde o dia 20 de maio, no presídio da Papuda em Brasília. Ele é acusado de ser o principal operador de um “banco clandestino”, que realizava empréstimos de dinheiro para autoridades públicas e empresas, que era comandado pelo empresário Júnior Mendonça, que delatou todo o esquema a Polícia Federal.
No dia 29 de maio ele conseguiu um habeas corpus do ministro Dias Toffoli, mas não foi suficiente para livrá-lo da cadeia. Ele até chegou a ser soltou, mas pesava contra ele outra decisão da Justiça Federal de Mato Grosso, do juiz Jeferson Schneider. Eder ficou dois dias em liberdade e foi reconduzido a carceragem da Papuda.
Desde a prisão, Eder tenta reverter à decisão de Schneider, sem sucesso.
ACUSAÇÕES CONTRA EDER
O ex-secretário de Fazenda, único que está preso, foi apontado por Mendonça como o principal operador do “banco clandestino”, por ele ilegalmente operado, por meio da factoring Global Fomento e Comercial Amazonia de Petróleo.
Eder teria agido de forma reiterada como um “verdadeiro operador financeiro do esquema mantido como os recursos de Júnior Mendonça”, atendendo a interesses de “pessoas ligadas ao grupo do ex-secretário”.
O dinheiro movimentado teria como uma das finalidades, segundo Mendonça, financiamento de campanha eleitoral. O delator também afirmou que Eder como o verdadeiro operador do esquema financeiro ilegal, teria agido a “mando e no interesse de Blairo Maggi (na época governador do Estado) e Silval Barbosa (na condição de vice-governador do Estado).