RAFAEL MACHADO
DA REDAÇÃO
O juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal de Mato Grosso do sul, revogou a prisão domiciliar do casal de empresários cuiabanos Victor Augusto Saldanha Britche e Flávia de Martin Teles Birtche. Eles são acusados de participar de um esquema que teria desviado cerca de R$ 44 milhões dos cofres públicos por meio de sonegação fiscal envolvendo comercialização de grãos.
O caso é investigado no âmbito da Operação Grão de Ouro, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) de Mato Grosso do Sul.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
O casal foi preso no dia 8 de agosto, no condomínio de luxo Alphaville, após a deflagração da operação. O escritório do casal, Efraim Agronegócio, que fica no edifício comercial SB Tower, em Cuiabá, foi alvo de mandado de busca e apreensão.
No dia seguinte, a Justiça permitiu que Flávia cumprisse prisão domiciliar para cuidar dos três filhos. O mesmo benefício foi concedido ao marido uma semana depois sob argumento de que não existiam mais elementos para mantê-lo preso.
Com a decisão, o casal poderá responder ao processo em liberdade. No despacho, o juiz ainda aplicou quatro condições: não se ausentarem da comarca onde residem, por mais de oito dias, sem prévia autorização da Justiça; não mudarem de endereço sem prévia comunicação; comparecerem a todos os atos do processo, quando devidamente intimados; cumprirem as demais obrigações ajustadas com o Ministério Público, sob pena de eventual restabelecimento da prisão preventiva.
Flávia e Victor foram denunciados pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul pelo crime de organização criminosa.
Grãos de ouro
A Operação Grão de Ouro, deflagrada pelo Gaeco do MS prendeu 33 pessoas acusadas de participar de um esquema de sonegação fiscal.
Ao todo, a ação cumpriu 33 mandados de prisão e 104 de busca e apreensão nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Paraná e Minas Gerais. Foram apreendidos R$ 500 mil em espécie, celulares e documentos.
Segundo o Gaeco do MS, as investigações começaram há dois anos após provocação da Secretaria de Fazenda do Mato Grosso do Sul, que apontou a existência de um esquema de sonegação de tributos estaduais na comercialização de grãos produzidos naquele Estado.
Estima-se que o esquema tenha causado o prejuízo de R$ 44 milhões aos cofres públicos do MS por meio das fraudes mantidas por produtores rurais, funcionários da Secretaria de Fazenda, caminhoneiros, corretoras e 14 empresas, a princípio de fachada, que emitiram notas frias.
Leia mais
MP denuncia casal cuiabano por organização criminosa e sonegação de R$ 44 milhões
Juiz manda soltar empresário acusado de fraude de R$ 44 milhões
Quatorze empresas desviaram R$ 44 milhões do usando notas frias
Justiça manda soltar empresária cuiabana para cuidar dos filhos
ana 07/12/2018
e o dinheiro vão devolver quando??????
1 comentários