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Cuiabá, 26 de Abril de 2024
26 de Abril de 2024

19 de Novembro de 2018, 08h:55 - A | A

OPINIÃO / VICENTE VUOLO

Patrono da probidade

A partir de 2019, Sergio Moro terá a agenda mais desafiadora da história recente



A escolha do juiz Sergio Moro para ministro da Justiça e Segurança Pública do presidente eleito Jair Bolsonaro é, na verdade, um atendimento a um clamor popular pelo fim da corrupção endêmica no país.  

A pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas realizada entre os dias 3 e 5 de novembro aponta que 82,6% dos entrevistados responderam que Moro “acertou” em aceitar o convite de Bolsonaro para a pasta da Justiça.

A presença de Moro no ministério mais importante do país (é o Ministro da Justiça que dá posse aos demais ministros) nos traz a certeza que será prioridade do futuro governo combater os crimes de colarinho branco no alto escalão e o império do crime organizado. Afinal, como magistrado, Moro condenou 139 figurões e um ex-presidente da República.    

Paranaense de Ponta Grossa, formou-se em Direito pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e concluiu mestrado e doutorado na Universidade Federal do Paraná. Nos Estados Unidos, cursou o programa para instrução de advogados da Harvard Law School nos programas de estudos sobre lavagem de dinheiro.

Aclamado por onde passa, Sergio Moro pode ser considerado, pelas suas realizações, o Patrono da probidade no país. Devido à alta repercussão internacional dos seus feitos da Operação Lava-Jato, o Juiz Sergio Moro ficou grande demais para se limitar ao trabalho de uma primeira instância do Judiciário.

A partir de 2019, o brilhante magistrado terá a agenda mais desafiadora da história recente do governo brasileiro: mudar a cultura de troca de favores e a prática comum do enriquecimento ilícito. Será, portanto, uma expansão do seu trabalho na luta contra o crime organizado para nível nacional.

O ministério de Moro vai voltar a englobar a área da segurança pública, um dos maiores desafios do novo governo. Especula-se também que a pasta vai se fundir com a Secretaria de Transparência e Combate à Corrupção, a Controladoria Geral da União e o Coaf. O que poderia ser transformado num superministério.

Como se vê, a expectativa de implantação de uma forte agenda de combate à corrupção é grande. Mas Moro também terá outras batalhas não menos importantes para enfrentar, tal como a redução dos índices de criminalidade.

Se terá sucesso ou não, vai depender de vários fatores. Capacidade ele tem!

Mas o sucesso da luta contra a corrupção depende muito mais de cada um de nós, homens e mulheres simples e comuns. Dos gestos de cada cidadão, em um país que se acostumou com a corrupção. As grandes e pequenas. A fila dupla no estacionamento, o fura-fila, o jeitinho fora da lei, o “erro” ao passar o troco...Cada um de nós tem responsabilidade. Chegou o momento de mudar essa cultura do atraso. Vamos acreditar que vale a pena ser honesto.

O sucesso de Moro será o sucesso do Brasil.

VICENTE VUOLO é economista e cientista político.

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Justiça 19/11/2018

A imprensa e suas perguntas..Quem acertou foi o Bolsonaro em escolher o Moro, e não o Moro acertou ...Engole o choro e faz materia sem fins ideologica..Admite que o Bolsonaro acertou...

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