RAUL BRADOCK
DA REDAÇÂO
A violência contra mulher subiu 11% em Mato Grosso se comparado os 10 primeiros meses de 2017 com o mesmo período de 2016. O número equivale a 113 casos diários de mulheres vítimas de crimes no Estado.
De modo geral, 34.128 mulheres sofreram algum tipo de violência entre janeiro e outubro de 2017. Já em 2016, 30.692 casos foram registrados em Mato Grosso.
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Apesar do aumento geral dos dados, um dos crimes de maior violência, o feminicídio, teve redução. Nos 10 primeiros meses de 2017, 62 mulheres foram assassinadas em Mato Grosso, 12 a menos que o mesmo período de 2016, quando 74 homicídios dolosos – quando há intenção de matar – foram registrados.
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Em Novo São Joaquim, homem tentou se matar após atirar na cabeça da ex-mulher.
Em novembro, dois casos ganharam repercussão em Mato Grosso. Em Novo São Joaquim (485 km a Leste de Cuiabá), um homem atirou na cabeça da ex-mulher e depois tentou se matar, no meio da rua. O atirador foi preso em flagrante pelo crime.
Dias antes, Rita Jorge da Silva, 34 anos, foi morta com vários tiros na frente da mãe, de 73 anos, e de uma irmã. O crime aconteceu em Araputanga (345 km a Oeste de Cuiabá).
De acordo com a Polícia Civil, em ambos os casos os atiradores não aceitavam o fim do relacionamento.
Inimigos íntimos
Conforme a Defensoria Pública do Estado, a maioria dos agressores tem vínculo afetivo com as vítimas e se enquadra na Lei 11.340, conhecida como Lei Maria da Penha, que completou 11 anos.
A Lei 11.340 foi criada em 7 de agosto de 2006 e, desde então, o número de denúncias sobe ano a ano. O aumento das denúncias já era esperado pelos órgãos de segurança pública, como explica a defensora Rosana Leite Antunes de Barros, coordenadora do Núcleo de Defesa da Mulher da Defensoria Pública de Mato Grosso.
“Antes a mulher fazia um boletim de ocorrência e voltava para casa junto com o agressor. Com a lei, ela tem a possibilidade do afastamento imediato do agressor, além de outras medidas, o que garante a integridade de muitas mulheres”, afirma Rosana.
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