APARECIDO CARMO
DO REPÓRTER MT
O veterinário Paulo Victor Braga de Almeida Santos recebeu dezesseis parcelas do auxílio emergencial entre abril de 2020 e outubro de 2021, totalizando R$ 5.250. A informação consta no Portal da Transparência da Controladoria-Geral da União. Paulo é o dono da empresa Petimuni Agência On Line de Serviços Para Animais de Estimação LTDA, contratada pela Prefeitura de Cuiabá para inserir chips em cães e gatos de rua para monitoramento, num serviço considerado pela gestão municipal como inédito.
Segundo dados do site Transparência CC, o capital social da empresa é de R$ 100 mil reais e foi aberta em outubro de 2018, portanto, pouco mais de um ano antes da pandemia da covid-19.
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O Auxílio Emergencial foi criado em abril de 2020, ainda no governo de Jair Bolsonaro, como uma medida de combate à fome durante a vigência das políticas de isolamento social que impediram milhões de brasileiros de trabalhar.
Com dispensa de licitação, o contrato da empresa Petimuni com a Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá foi assinado em dezembro de 2022, tendo vigência de 12 meses e um valor total de R$ 5,1 milhões. O caso ganhou repercussão depois que o interventor da saúde da Capital, Hugo Felipe Lima, suspendeu o acordo até uma análise completa do caso.
De acordo com o documento, a Petimuni faria a gerência do controle de dados de gatos e cachorros resgatados pelo Centro do Zoonoses, inclusive com aplicação de microchip. "(...) apta na prestação de serviços de registro, identificação, vacinação, microchipagem e carteira digital, para atender demandas da Coordenadoria Técnica de Vigilância em Zoonoses, da Saúde de Cuiabá", diz a descrição do serviço.
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