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Cuiabá, 26 de Abril de 2024
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30 de Junho de 2022, 14h:00 - A | A

GERAL / GRAMPOS DE TAQUES

Coronel Zaqueu tem pena reduzida; Cabo Gerson recebe perdão no esquema "barriga de aluguel"

O escândalo dos grampos veio à tona em maio de 2017, com uma reportagem exibida pelo programa Fantástico, da Rede Globo. A matéria revelou que a Polícia Militar de Mato Grosso “grampeou” de maneira irregular uma lista de pessoas não investigadas

DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTER MT



A Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) decidiu nesta quarta-feira (29), manter o perdão judicial ao cabo da Polícia Militar Gerson e reduziu a pena do coronel Zaqueu Barbosa, envolvidos no esquema o processo que investigou o esquema dos grampos, descobertos no governo Pedro Taques (2015 a 2018).
A sessão de julgamento do recurso não foi divulgada. O caso segue sobre segredo de Justiça.
Em novembro de 2019, Zaqueu foi condenado pelos crimes de falsificação de documento público, falsidade ideológica e realização de operação militar sem ordem superior. Ele pegou uma pena de 8 anos de prisão, no regime semiaberto. Na decisão de ontem, a Justiça teria reconhecido a colaboração no transcorrer do processo e reduziu para um ano a pena.
Em relação ao Gerson, foi mantido o perdão judicial. Em entrevista ao RepórterMT, o advogado Neyman Monteiro, que representou o cabo nesta ação, falou que a espontaneidade e os fatos trazidos por Gerson ao processo, asseguraram o benefício do perdão judicial.
"Este foi o fator principal, que trouxe aos autos a verdade da Grampolandia Pantaneira, que a sociedade mato-grossense queria saber, quem era o dono e os demais partícipes, aliado a coragem de Gerson, enfrentando à época promotores, autoridades e principalmente o governador em exercício e seu primo secretário, por isso mereceu o perdão judicial, que foi a decisão mais acertada", disse.

Grampolândia pantaneira
O escândalo dos grampos veio à tona em maio de 2017, com uma reportagem exibida pelo programa Fantástico, da Rede Globo. A matéria revelou que a Polícia Militar de Mato Grosso “grampeou” de maneira irregular uma lista de pessoas não investigadas por crimes.
Entre as vítimas mencionadas estava a deputada estadual Janaina Riva (MDB), o advogado José do Patrocínio e o jornalista José Marcondes, conhecido como Muvuca.
Os grampos foram obtidos na modalidade “barriga de aluguel”, quando investigadores solicitam à Justiça acesso a telefonemas de determinadas pessoas envolvidas em crimes e no meio dos nomes inserem contatos de não investigados.

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