Várzea Grande é a 8ª pior do país entre as 100 mais populosas e a única do Centro Oeste na lista negativa

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Levantamento analisou os 100 municípios mais populosos do país.

RENAN MARCEL
DO REPÓRTER MT

O município de Várzea Grande é a 8ª pior do Brasil quando o assunto é saneamento básico. A cidade aparece, pela segunda vez, na 92ª posição do ranking elaborado pelo Instituto Trata Brasil - Saneamento e Saúde - em parceria com GO Associados. O levantamento, publicado nesta quarta-feira (20), analisou os 100 municípios mais populosos do país, levando em consideração os percentuais de atendimento da rede água, coleta e tratamento de esgoto, além dos investimentos realizados entre 2018 e 2022. Várzea Grande é a única da região Centro-Oeste na lista negativa.

Os dados mostram que a cidade tem investimentos por habitante bem abaixo do recomendado pelo Plano Nacional de Saneamento Básico, o Plansab. No período analisado foram investidos, em média, R$ 25,91 por habitante ao ano, o segundo menor valor do grupo dos 20 piores, perdendo apenas para São João de Meriti, no Rio de Janeiro, com R$ 8,51. A recomendação do Plansab para a universalização é de que sejam investidos R$ 231,09. Dentro do grupo dos 20 piores municípios, a média alcançada foi de R$ 73,85 por habitante.

Além disso, os números relativos à capacidade de atendimento no fornecimento de água, coleta e tratamento de esgoto também não são animadores. Segundo o ranking, o serviço prestado pelo Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande 88,28% da população é atendida com a rede água; 29,07% tem rede de coleta de esgoto e o tratamento desse esgoto é de 26,20%.

"Esta edição do Ranking destaca que além da necessidade de os municípios alcançarem o acesso pleno do acesso à água potável e atendimento de coleta de esgoto, o tratamento dos esgotos é o indicador que está mais distante da universalização nas cidades, mostrando-se o principal gargalo a ser superado. Temos menos de 10 anos para cumprir o compromisso de universalização do saneamento que o país assumiu para com os seus cidadãos. Ainda assim, cinco capitais da região Norte e três da região Nordeste não tratam sequer 35% do esgoto gerado. Neste ano, de eleições municipais, é preciso trazer o saneamento para o centro das discussões”, avaliou a presidente-executiva do Instituto Trata Brasil, Luana Siewert Pretto.