MARIA JULIA SOUZA
DA REDAÇÃO
Além do trecho, em que a Defesa Civil interditou uma das pistas da Avenida Oito de Abril, no Bairro Verdão, devido a risco de desabamento gerado por erosão no Córrego Mané Pinto, a via tem diversos outros pontos, ao longo dos 3,5 km, que apresentam problemas, que têm se tornado riscos a motoristas e pedestres, assim como o córrego tem trechos em que a estrutura cedeu.
Destacam-se pontos como a rotatória que dá acesso à Rua Barão de Melgaço, em que possui um buraco no meio e o interior não finalizado, acarretando risco de acidentes com quedas.
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No cruzamento com Avenida Ipiranga a estrutura está cedendo e parte dela já se encontra no meio do esgoto.
Chegando à interseção com a Avenida São Sebastião, a situação fica mais critica, grande parte do meio-fio de acabamento do córrego desmoronou. A parede interna possui erosões e mato está crescendo na parte quebrada.
Rotatória que dá acesso à Rua Barão de Melgaço é um dos pontos críticos.
Para o coordenador da Câmara Especializada em Engenharia Civil do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA), Silvano Moreira de Castilho Júnior, os métodos adotados na construção não foram eficazes, pois só o revestimento de concreto não é o suficiente.
O talude – parede interna – carece de malha de aço. O engenheiro argumenta que a melhor solução para os pontos com erosão seria adotar “gaviões”, caixas metálicas com pedra dentro.
A tendência é que água vá aumentando os danos, caso não seja feita nenhuma intervenção.
“A água vai entrando pelas laterais como um dominó, aumentando cada vez mais os estragos”, explica o coordenador.
A Secretaria de Infraestrutura e Logística do Estado de Mato Grosso (Sinfra), por meio de nota, informou que a obra de revitalização do Córrego Mané Pinto faz parte do pacote de obras para a Copa do Mundo de 2014 e que 67,3% foram concluídas. A revitalização do córrego orçada em R$ 26 milhões está parada desde 2016.
A Construtora Engeglobal alegou dificuldades financeiras e pediu recuperação judicial.
A Sinfra havia rescindo o contrato com o responsável pela reforma, a Engeglobal Construções, no entanto, uma decisão judicial do ano passado suspendeu a rescisão.
A Secretaria aguarda notificação da Procuradoria Geral do Estado (PGE) para convidar a empresa para discutir um novo cronograma de trabalho.
Interdição
Segundo a Prefeitura de Cuiabá, a interdição do local, feita através de obstáculos conhecidos como “gelo baiano”, tem por objetivo afastar os veículos dos pontos mais críticos da faixa, já que a erosão está chegando à parte asfaltada onde os veículos trafegam, aumentando ainda mais as chances de mais desabamentos que podem ocasionar sérios acidentes com os motoristas.
A Prefeitura argumenta que tem solicitado ao Estado a retomada das obras de canalização da região do córrego.
Veja nota da Sinfra na íntegra:
Quanto à obra de recuperação do Córrego Mané Pinto, na Avenida 8 de Abril, no bairro Porto, em Cuiabá, a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra) informa que:
Devido a uma decisão judicial que suspendeu a rescisão do contrato com a empresa Engeglobal ocorrido no ano passado, a Secretaria Adjunta de Obras Especiais, da Sinfra, segurou o processo de contratação emergencial de uma empresa para realizar os reparos em oito pontos do córrego onde há risco de desabamento;
Diante disso, a secretaria aguarda apenas a notificação oficial da Procuradoria Geral do Estado (PGE) quanto à decisão para convidar a empresa a discutir um novo cronograma de trabalho, visando a conclusão da revitalização do trecho;
A obra de revitalização do Córrego Mané Pinto, na Avenida 8 de Abril, faz parte do pacote idealizado para Copa de 2014 e até o momento está 67,3% concluída;
O contrato com a empresa Engeglobal, assinado em 2013, foi rompido em outubro 2018;
Leia mais:
Pista é interditada por riscos de desabamento na Av. 8 de Abril
ana 05/05/2019
esgoto correndo a ceu aberto!!! que nojo> Quanto já foi pago pelo trabalho realizado ou não sei lá
joana 05/05/2019
quanto a construtora ja recebeu???
2 comentários