RAFAEL COSTA
DO REPÓRTER MT
Moradores Pedra 90 em Cuiabá lideraram na tarde de sábado (24) uma passeata nas principais ruas do bairro, com pedidos de fim da violência contra a mulher e Justiça pela morte da jovem Emily Bispo da Cruz, 20 anos. Ela foi assassinada a facadas no dia 16 março, após ser encurralada numa via pública pelo ex-namorado, Antônio Aluizio da Conceição Marciano. O crime foi presenciado pelo filho da vítima de apenas quatro anos.
A passeata contra o feminicídio e violência foi organizada pelos familiares da vítima, que convocaram as demais pessoas da comunidade com mensagens enviadas pelo WhatsApp para conscientizar a população pela vida das mulheres. Além disso, pedir justiça e alertar outras mulheres que estejam passando por situação de violência doméstica que busque por medidas protetivas para não perder a vida.
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Somente neste primeiro trimestre de 2023, o bairro Pedra 90 registrou dois casos de feminicídio. Em janeiro, Maria de Almeida Gonçalves, 68 anos, foi assassinada dentro da própria casa. O autor do crime de feminicídio, José Carlos Jesus da Silva, foi preso em flagrante.
O protesto pacífico uniu mulheres moradoras do bairro Pedra 90 que exibiu faixas, cartazes nas mãos e camisetas brancas.
O ato contou com a presença e apoio do presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Eduardo Botelho, que, enquanto deputado estadual defendeu a necessidade de criação de leis para dar condições de a vítima seguir a vida, dando um basta à rotina de violência. Também programa ações na Casa de Leis que possam dar amparo à mulher na prevenção, punir e combater o feminicídio.
“O combate à violência contra a mulher é uma luta de todos, temos que unir forças e impedir que mulheres continuem sendo vítimas dessa brutalidade. Mato Grosso tem que sair deste quadro vergonhoso, sendo o Estado que mais agride e mata mulheres, nós não queremos mais isso. O que está sendo feito aqui, com a participação da sociedade se movimentando, também temos que fazer em outros lugares para mostrar que ninguém aceita mais isso, vamos acabar com essa cultura de violência, homem não pode agredir e nem matar mulheres”, declarou Botelho.