ISADORA TEIXEIRA E MANOELA ALCÂNTARA
DO METRÓPOLES
O ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, nesta quarta-feira (30/4), 17 dias após cirurgia no intestino.
Interlocutores próximos de Bolsonaro confirmaram que o ex-presidente deve ser transferido para um quarto normal, onde permanecerá em recuperação.
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No dia 13 de abril, Bolsonaro passou por cirurgia que durou cerca de 12 horas, com o objetivo de realizar a remoção de aderências intestinais — conhecidas como bridas — e a reconstrução de parte da parede abdominal. Essas alterações são comuns em pacientes que passaram por cirurgias abdominais anteriores e podem causar dor, obstruções e outros sintomas.
Na terça-feira (29/4), a equipe médica do DF Star removeu a sonda nasogástrica de Bolsonaro. A sonda é um procedimento utilizado em pacientes para drenar secreção gástrica e aliviar a pressão do estômago. Ela é usada enquanto o aparelho digestivo está sem movimentos.
Segundo os médicos, Bolsonaro apresentou melhora clínica nos últimos dias. Os exames mais recentes confirmaram evolução no quadro de saúde, com funcionamento regular do intestino e retirada das sondas. Ele já consegue ingerir líquidos por via oral e está sendo alimentado com dieta líquida, o que inclui o consumo de água, chá e gelatina.
O que é obstrução intestinal?
A obstrução intestinal é caracterizada pelo bloqueio parcial ou total da passagem dos alimentos digeridos pelo intestino.
Essa condição pode ser provocada por diferentes fatores, como tumores, hérnias, inflamações, intoxicações, ou pelas chamadas bridas intestinais.
Os principais sintomas incluem inchaço abdominal, prisão de ventre, dificuldade para eliminar gases, náuseas, vômitos e dor abdominal em forma de cólica.
No caso de Bolsonaro, o problema está associado às cirurgias feitas após o atentado de 2018, o que favorece a formação dessas aderências.
De acordo com boletim médico divulgado nesta quarta-feira, o quadro de saúde de Bolsonaro é estável. A progressão do tratamento nas últimas semanas permitiu a retirada da nutrição parenteral exclusiva — quando os nutrientes são administrados por via intravenosa — e o início da alimentação oral leve.
O ex-presidente continua com visitas restritas, mas a expectativa da equipe médica é que ele possa receber alta hospitalar e retornar para casa no fim de semana, caso mantenha a boa resposta ao tratamento.