VINICIUS MORAES
DO G1 GOIÁS
O advogado Alan Araújo Dias foi gravado durante uma audiência por vídeoconferência levando um tapa no rosto (veja acima). De acordo com o Tribunal de Justiça de Goiás, Alan participava de uma audiência de custódia da 2ª Vara Cível e Família e sucessões de Formosa, no Entorno do Distrito Federal.
O g1 tentou entrar em contato com Alan Araújo Dias para saber o motivo da agressão e se ele denunciou o fato, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. A reportagem não conseguiu identificar a mulher que deu o tapa.
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A audiência aconteceu no dia 27 de julho de 2025. No vídeo do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), Alan aparenta estar frustrado e cobre o rosto algumas vezes com a mão. Depois, uma mulher aparece nas imagens e mostra algo para ele antes de dar um tapa no rosto do advogado, que não reage à agressão, e a audiência continua.
Em nota, a OAB afirmou que não comenta processos envolvendo seus inscritos, estejam eles atuando na defesa ou como parte na ação. A Ordem também explicou que os participantes das audiências não podem interferir em seu andamento, assegurando o respeito às instituições do Estado Democrático de Direito (veja a nota completa ao final do texto).
O g1 entrou em contato com o Ministério Público de Goiás (MP-GO) para pedir um posicionamento sobre a continuidade da audiência após a agressão, mas não obteve retorno sobre a questão até a última atualização desta reportagem.
De acordo com dados do TJ-GO, Alan responde a mais de um processo por violência doméstica. Mas, como eles tramitam em segredo de Justiça, não foi possível identificar se algum deles está relacionado com o vídeo em questão.
Nota da OAB-GO
"A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) esclarece que a liturgia dos atos processuais deve ser observada por todos os participantes e por terceiros, que não podem interferir em seu andamento. Tal conduta assegura o respeito às instituições do Estado Democrático de Direito, incluindo o Poder Judiciário, o Ministério Público e a advocacia.
Nos casos em que haja eventual violação dessa liturgia, cabe ao presidente do ato processual analisar a situação e adotar as medidas cabíveis.
Por fim, a OAB-GO informa que não comenta processos envolvendo seus inscritos, estejam eles atuando na defesa de clientes ou figurando como partes.
OAB-GO"