DA REDAÇÃO
A greve dos funcionários das obras da nova fábrica da Votorantim Cimentos, no Distrito de Aguaçu entrou no segundo dia de paralisação. A unidade está instalada a cerca de 30 km da área urbana da Capital. Os trabalhadores da empreiteira Gutierrrez, que presta serviços no local, reivindicam melhores condições de trabalho e reajuste salarial.
Neste momento, eles se encontram mobilizados no local, onde estão também os presidentes do sindicato da categoria (SINTRAICCCM), Joaquim Santanam e a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Mato Grosso (FETIEMT), Ronei de Lima.
Além dos baixos salários, os grevistas reclamam do pagamento feito por hora e não mensalmente, o que gera excesso de horas extras. Eles rechaçaram a proposta apresentada pela empresa, concedendo reajuste de 11%, já que o aumento vinha acompanhado da retirada do benefício de 25% sobre o salário para os funcionários de outros Estados e do adicional de hora prêmio, este último causando uma perda de R$ 110,00 nos vencimentos.
Os operários reivindicam também o pagamento pela hora “in itinere”, o tempo de deslocamento entre a residência e o local de trabalho, já que a grande maioria reside na área urbana de Cuiabá e precisa acordar de madrugada para estar no canteiro de obras no início do expediente, às 8 horas.
Ontem pela manhã, eles realizaram um ato na porta do canteiro, e a tarde uma comissão de trabalhadores se reuniu com a diretoria da empresa, mas não houve consenso quanto aos pontos apresentados.
Os trabalhadores prometem realizar mobilizações e atos por tempo indeterminado, até que a empresa apresente outra proposta.