FERNANDA LEITE 8h00
DA REDAÇÃO
Os mais de 700 enfermeiros e técnicos, da rede privada, que reivindicam reajuste salarial, pediram interferência do Tribunal Regional do Trabalho-TRT, nas negociações com os donos dos hospitais de Cuiabá, que negam reajuste de 20% aos profissionais.
Em reunião realizada na semana passada, não houve acordo e profissionais irão deflagrar greve até a quarta-feira (10). A categoria pede salários de R$ 700 para auxiliar de enfermagem, R$ 900 para técnicos de enfermagem e R$ 1,7 mil para enfermeiros.
De acordo com a base de cálculo apresentada pelo presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de MT-Sinpen, Dejamir Soares, os "patrões" estão tentando "burlar" um direito garantido por lei.
Trata-se do reajuste do Sistema Nacional de Preços ao Consumidor - SNIPC, que é pago hoje, 6.4% mais 0.6% de aumento real. O garantido por lei seria 7% sem o aumento real. "Os 0.6% que nos resulta 7% é errado, queremos o aumento sem os 0.6%, que acrescenta apenas R$ 4.20 em acréscimo salarial", explicou.
Dejamir alega que 13% de aumento apontando pelos donos de hospitais é "mentira", e diz que o sugerido é de apenas R$ 49,00.
Há mais de 60 dias, os profissionais pedem a negociação e, na terça-feira passada, paralisaram por 12h e quase 300 cirurgias não foram realizadas. Os "patrões" entraram na Justiça e com um mandado de segurança e os enfermeiros tiveram que retornar ao trabalho.
Um técnico de enfermagem recebe hoje um salário de R$ 700. Já o enfermeiro recebe R$ 1.415.