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Cuiabá, 13 de Maio de 2025
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27 de Novembro de 2018, 08h:57 - A | A

VARIEDADES / SAÚDE E BEM ESTAR

Ministério da Saúde vai reduzir açúcar em alimentos processados pela indústria

O alto consumo de açúcar proveniente de refrigerantes, sucos de caixinha, iogurtes, achocolatados, bolos e biscoitos contribui para a obesidade infantil, entre outras doenças crônicas, e preocupa autoridades no mundo todo.

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O Ministério da Saúde divulgou na tarde da segunda-feira (26), em coletiva de imprensa em Brasília, detalhes sobre o acordo para redução de açúcar em alimentos industrializados, assinado na mesma ocasião pelo ministro da Saúde, Gilberto Occhi com representantes da indústria e também da ANVISA, que deve monitorar a redução via rótulo. "Com este acordo, o Brasil passa a ser um dos primeiros países do mundo a buscar essa diminuição" diz o comunicado divulgado pela pasta.

São seis as categorias incluídas no projeto: bebidas açucaradas, biscoitos, bolos e misturas, achocolatados e produtos lácteos. Se todos os produtos se adequarem à meta, haverá uma redução de 144 mil toneladas de açúcar em alimentos como iogurtes, sucos de caixinha, refrigerantes e bolachas recheadas. A princípio, não foi informado um valor de comparação para estabelecer o que essa redução realmente representa para o consumidor.
 

Na apresentação feita para divulgar a ação, foi informado que o brasileiro consome 80g/dia (18 colheres de chá) de açúcar - quase o dobro da dose recomendada. 64% desse açúcar é o chamado adicionado (aquele que vem do açucareiro pelas próprias mãos do consumidor; 36% da indústria e 16% intrínseco, como a lactose e a frutose presente em alimentos in natura. As metas de redução da parte que cabe à industria serão gradativas e não lineares, com uma primeira checagem em 2020 e outra em 2022. Com a iniciativa, a pasta pretende reduzir a incidência de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes e hipertensão.

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No caso das crianças, o açúcar de bebidas como refrigerante e suco de caixinha já é considerado vilão para uma outra doença que chama a atenção: a obesidade infantil. De acordo com estatísticas do Ministério da Saúde reveladas neste ano, o consumo regular de frutas e hortaliças subiu 4,8% na última década no país, enquanto a ingestão de refrigerantes e bebidas açucaradas caiu 52%. Em contrapartida, os índices de obesidade infantil sobem a cada ano – entre os meninos é de 12,7%, e entre as meninas 9,4%, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o que leva a crer que ainda há trabalho a fazer no que diz respeito à alimentação infantil.

Projeto de 2007

Reduzir sódio, gordura trans e açúcar é um projeto da pasta que começou em 2007, com um termo de compromisso assinado com associações representativas do setor produtivo, como a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação/Abia.

Começou com a redução de gordura trans em 2008. Em 2010 foi feita uma avaliação e constatou-se que houve 93,4% de alcance das metas pelas indústrias representadas pela Abia, com redução estimada em 250 mil toneladas de gorduras trans nos produtos processados.

Ainda em 2010 o termo foi renovado e foi proposta uma nova agenda, com o objetivo de reduzir o consumo de sódio a menos de 2.000 mmg/pessoa/dia até 2020. O texto cita o Guia Alimentar para a População Brasileira como fonte para a recomendação de que o consumo de sal não deve ultrapassar 5 g por dia (1,7 g de sódio) e que o consumo médio do brasileiro é de 12 g diárias - mais que o dobro da recomendação máxima.

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