Vívian Lessa
Da Redação
A avalanche de investimentos imobiliários lançados no mercado mato-grossense nos últimos 2 anos também abriu as portas para o segmento de locação. A demanda por aluguéis de residências vem apresentando equilíbrio diante da oferta de imóveis para esta finalidade. A tendência observada no mercado da Grande Cuiabá é a preferência por imóveis que valorizam a segurança do morador, presente tanto em apartamentos quanto em condomínios horizontais. Por outro lado, as demais casas sofreram desvalorização nos preços.
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O presidente do Sindicato da Habitação de Cuiabá e Várzea Grande (Secovi), Marcos Pessoz, avalia que no mercado há espaço para a locação e comercialização dos imóveis. Ele ressalta que a migração de pessoas que vem para o Estado, principalmente para Cuiabá, em busca de oportunidades de trabalho faz delinear um novo público do mercado de locação.
O administrador da Imobiliária São Benedito, Augusto Benedito da Costa Caldas, destaca que 50% das pessoas que optam por locar imóveis são servidores públicos que chegaram ao Estado após serem aprovados em concursos. Ele ressalta ainda que a procura por aluguéis, neste período, se intensifica em função dos universitários. Os novos comerciantes também preferem alugar residências. Caldas diz que os consumidores estão fazendo as contas e percebendo que o financiamento acaba não compensando, e preferem alugar moradias.
Conforme ele, o custo da locação teve expansão de cerca de 28%.
"Um imóvel locado a R$ 1,4 mil há 3 anos, atualmente está em torno de R$ 1,8 mil". De acordo com Caldas, o preço dos aluguéis, em Cuiabá, varia de R$ 850 a R$ 1 mil para um apartamento de 70 m2 a 80 m2; e de R$ 1,230 mil a R$ 1,6 mil com 120 m2. A mensalidade de uma kitnet de 25 m2 a 40 m2 fica entre R$ 300 a R$ 450 mensais. "O valor sofre alteração quando comparado às casas de bairros fora de condomínios".
A gerente da Carol Imóveis, Alexandra Rojas, complementa que o preço de uma casa situada em condomínio equivale ao dobro do que pode ser pago em outra localizada em bairros residenciais. "Por exemplo, com R$ 200 mil ou R$ 250 mil é possível comprar uma casa de 120 metros quadrados em um condomínio. O mesmo preço pode ser aplicado a uma casa, de bairro, com o dobro do tamanho".
Preferência - A preferência por locação ou pela compra de um imóvel condiz com a necessidade do consumidor. Para o economista Manoel Marta, o mais apropriado ao que preza pelo investimento, é adquirir o bem. "Mesmo que seja financiado, o consumidor pode aproveitar o melhor momento para depois vender o imóvel".
Pensando nisso a bancária Claudia Leão comprou há 2 anos um apartamento na planta. Ela destaca que o investimento foi visando o aluguel do bem. Ao contrário dela, o cirurgião dentista Edmundo Penuta, adquiriu o bem para morar. "Foi necessidade. Estou com planejamento para casar e precisava de um apartamento".
A Gazeta