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Cuiabá, 12 de Julho de 2025
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30 de Dezembro de 2017, 07h:55 - A | A

VARIEDADES / TRANQUILIDADE

Respirar de forma correta diminui ansiedade e aumenta tempo de vida

Esse processo ocorre por meio do sistema nervoso autônomo, que se divide em dois segmentos: simpático e parassimpático

UOL



Apesar de o ato de respirar poder ser controlado, no dia a dia estamos treinados para colocar atenção no que estamos fazendo e deixar o corpo assumir o controle de inspirar e expirar.

Esse processo ocorre por meio do sistema nervoso autônomo, que se divide em dois segmentos: simpático e parassimpático. Ambas estruturas ajudam no controle da frequência cardíaca e pressão sanguínea, enquanto o segundo também controla os sentimentos de excitação e raiva.

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“Quando você entra em estado de tranquilidade e relaxamento, sua respiração naturalmente cai em frequência, assim como o batimento cardíaco e a pressão arterial”, explica Eleonora Lins, médica especializada em Clínica Médica e Nefrologia (HC-FMUSP) e Homeopatia (IBEPH). “Dessa forma, a respiração tem o poder de modificar o humor e estado emocional.”

É por essa razão que, no momento de estresse, ameaça ou grande risco, ter o controle de parar e respirar de forma consciente, inspirando e expirando lentamente, induz o sistema corporal a seguir o mesmo ritmo, preservando o desgaste metabólico proveniente das sensações de medo.

Como respirar para acalmar

A expiração e a inspiração contam com o auxílio do diafragma, músculo que separa a cavidade torácica da abdominal. “Durante a inspiração, o diafragma desce até o abdômen, tornando possível a entrada de ar nos pulmões. Pode se observar visivelmente este ar, pois forma-se uma pequena saliência no abdômen”, explicam Mônica Marsola e Tutti Baê, autoras do livro “Canto, uma expressão”.

A respiração profunda e completa, segundo os princípios do Yoga Antigo, é descrita como ampla, utilizando a total capacidade pulmonar. “Observe sempre que os pulmões devem encher-se primeiramente na parte de baixa, logo na parte alta, esvaziando-se de forma inversa”, explica Ro de Castro, instrutora de SwáSthya Yôga e diretora do Método DeRose, em seu livro “Respiração total”.

A qualidade da respiração somente pela narina é infinitamente maior, de acordo com Eleonora. “A maioria das pessoas inspira pelo nariz, mas expira pela boca. Isso tem uma total diferença em termos de resultado, a começar pela nterferência no formato da própria mandíbula. Crianças que têm respiração crônica pela boca desenvolvem problemas de formação de arcada e sensoriais em termos de paladar.”

Experimente esse exercício recomendado pela médica: respire alternadamente somente pelas narinas por dois a quatro minutos (de preferência, dois minutos de um lado e dois do outro). Quando terminar sentirá alívio e bem-estar. 

Benefícios vão além do controle da ansiedade

Além de reduzir o nível de ansiedade e estresse, a respiração nasal fortalece o sistema de defesa imunológico; quem respira menos pelo nariz e mais pela boca tem maior possibilidade de ter amigdalite, dor de garganta, bronquite e asma. Problemas de insônia também podem estar relacionados à respiração pela boca, explicou Eleonora.

Outro benefício de inspirar pelas narinas é que aumentamos nossa capacidade de armazenar informação no cérebro. Segundo um estudo publicado pela Northwestern University em 2016, o ser humano é mais propenso a lembrar de um determinado objeto se entrar em contato com ele enquanto inspira.

Além disso, a respiração lenta e profunda está associada à longevidade. No livro “Autobiografia de um Iogue”, Paramahansa Yoganada cita que algumas espécies vivem mais porque respiram menos vezes por minuto, comparado a outros animais.

artarugas gigantes e elefantes, por exemplo, respiram 4 a 5 vezes por minuto. Enquanto o primeiro vive em média 100 anos, o segundo, 60 anos. O ser humano (em fase adulta) respira entre 12 a 25 vezes por minuto e vive em média 71 anos, de acordo com a última pesquisa da OMS (Organização Mundial de Saúde).

Por fim, professores da Columbia University publicaram um artigo em 2009, relatando que os mecanismos de respiração do yoga influenciam positivamente a longevidade do ser humano.

 

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