GALILEU
Se sair de casa para ir à academia malhar é um martírio e o sofá sempre parece uma opção melhor que uma corrida na esteira, não se sinta mal. Seu cérebro pode estar dificultando sua tentativa de se manter em forma. É o que sugere um estudo publicado por pesquisadores da Universidade Columbia.
Faz tempo que a sociedade propagandeia a necessidade de manter uma rotina de atividades físicas, no entanto, quando analisadas as estatísticas, somos cada vez mais sedentários. Foi para entender o que chamam de “paradoxo do exercício” que se dedicaram Mathieu Boisgontier e seus colegas.
>> Clique aqui e participe do grupo de WhatsApp
Eles colocaram um grupo de jovens adultos na frente de um computador e deram a eles o controle de um avatar na tela. Eles então mostraram pequenas imagens, uma por vez, que mostravam atividade ou inatividade física. Os sujeitos tinham que mover o avatar o mais rápido possível para as fotos de atividade e para longe das fotos de inatividade - e vice-versa.
Enquanto isso, eletrodos gravaram o que estava acontecendo em seus cérebros. Os participantes eram geralmente mais rápidos em se mover em direção a fotos de atividade física e longe das preguiçosas, mas as leituras de atividade cerebral, chamadas eletroencefalogramas, mostraram que fazer isso exigia que seus cérebros trabalhassem com mais afinco.
"Conservar energia tem sido essencial para a sobrevivência humana, pois nos permitiu ser mais eficientes em busca de comida e abrigo, competindo por parceiros sexuais e evitando predadores", disse Boisgontier, pesquisador no laboratório de comportamento cerebral.
“Qualquer coisa que aconteça automaticamente é difícil de inibir, mesmo se você quiser, porque você não sabe que isso está acontecendo”, continuou. “O fracasso das políticas públicas para neutralizar a pandemia da inatividade física pode ser devido a processos cerebrais que foram desenvolvidos e reforçados através da evolução."