facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 25 de Maio de 2025
25 de Maio de 2025

07 de Outubro de 2013, 14h:23 - A | A

VARIEDADES / MODA

Estilista cria só para travestis e lucra R$ 15 mil por mês

De uma quitinete de 27 metros quadrados para uma cobertura quase dez vezes maior nos Jardins, bairro nobre de São Paulo, mãe e filha construíram patrimônio ao desenharem vestidos tubinhos, calcinhas e trikinis, peça clássica para o guarda-roupa de uma tr

IG



Com a roupa certa que “dá axé”, travestis podem “cabanar” pelas ruas de São Paulo e do mundo. O verbo ganhou espaço no bajubá - linguagem usada pelo grupo - após o sucesso da marca Tereza Cabana, a precursora da moda trans no País e que é cultuada por suas clientes há 23 anos. A ousadia das costureiras Terezinha Cabana, de 70 anos, e sua filha Cris Cabana, de 45, ganhou um público marcado pelo preconceito e conhecido pelas práticas ousadas para esconder a identidade. “Mulher encontra calcinha em qualquer lugar, travesti não”, defendeu Cris a sua peça, que promete “aquendar a neca” (segurar o pênis).

De uma quitinete de 27 metros quadrados para uma cobertura quase dez vezes maior nos Jardins, bairro nobre de São Paulo, mãe e filha construíram patrimônio ao desenharem vestidos tubinhos, calcinhas e trikinis, peça clássica para o guarda-roupa de uma travesti. Os tecidos que estampam o animal print e as cores neon são os campeões de venda. O carro-chefe do ateliê é a calcinha de vinil, um dos materiais mais resistentes, que pode ser comprada por R$ 30 a unidade ou R$ 15 no atacado (com venda mínima de 40 peças).

>> Clique aqui e participe do grupo de WhatsApp 

Para a paulistana Cris, o acaso foi responsável pela origem da marca e pelo sucesso internacional. Em meados de 1990, a visita da travesti Mônica, jovem de 17 anos e “com um corpo escultural”, inspirou as profissionais e despertou suas atenções ao público gay. “Montei alguns modelos de vestidos e ela saiu para trabalhar. Sempre voltava da rua contando o sucesso que tinha feito com as peças. A Mônica deu a luz inicial”. Na primeira semana de trabalho, cerca de 20 travestis fizeram fila a espera de novas criações. “Nossa casa era muito pequena. Nunca imaginei que tivesse tantos travestis em São Paulo”, disse, aos risos.

Comente esta notícia