ANA ADÉLIA JÁCOMO
DA REDAÇÃO
O governador eleito Pedro Taques (PDT) exibiu dados sobre a Segurança Pública de Mato Grosso, e de acordo com ele, o orçamento destinado à Polícia Judiciária Civil (PJC) tem sofrido drástica redução nos últimos anos.
Em contrapartida, o índice de homicídios na Grande Cuiabá foi classificado como preocupante. Foram 460 mortes registradas. O delegado Adriano Peralta foi nomeado por Taques para gerir a PJC, que, como demonstrado, tem baixo efetivo e orçamento pífio.
Em 2013, o orçamento foi de R$ 11 milhões, e para 2015 a projeção é de R$ 5 milhões. Para o efetivo seriam necessários mais 125 delegados, três mil investigadores e 680 escrivães.
“Para cada 100 mil habitantes, 32,4 homicídios ocorrem no Estado. É quase uma guerra. As regiões metropolitanas têm índices absurdos de homicídios, mas isso não é um ‘privilegio’ de cidade grande, porque nos municípios pequenos temos o novo cangaço. Temos muitas dificuldades na segurança de estratégia, inteligência, orçamentária e de pessoas”, avaliou Taques.
O governador eleito afirmou que pretende integrar a Polícia Militar, Civil e Corpo de Bombeiros. As corporações precisariam atuar em conjunto, para produzir melhores resultados. A Polícia Militar de Mato Grosso conta com efetivo de 6.482 membros, e de acordo com Taques, metade dos coletes estão vencidos.
“É um absurdo! As armas são insuficientes e precisamos de mais PM´s. A Segurança Pública será tratada com mais humanidade”, disse o governador eleito.
A situação do Corpo de Bombeiros é semelhante a de outras corporações, com 1.100 membros. A carência, segundo Taques, é de mais três mil homens e mulheres. Da mesma a Polícia Técnica, que carece de agentes e condições de trabalho.