ANA ADÉLIA JÁCOMO
O deputado federal Nilson Leitão (PSDB) comentou nesta sexta-feira (14) o inquérito investigado pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre uma obra realizada, em 2001, em Sinop, quando o tucano respondia pela prefeitura da cidade. Leitão é acusado de apropriação de recursos e bens públicos.
“Fazem 12 anos que essa obra foi realizada. Acho até estranho essa investigação. Nunca fui notificado e nem sei direito do que se trata. Tenho certeza que as minhas contas foram aprovadas e o que mais estranho é que essa denúncia apareça logo agora, quando me apresento como líder de oposição na Câmara”, disse ele.
Sem querer comentar o suposto jogo político, o deputado apenas afirmou que irá se inteirar sobre o assunto na próxima terça-feira (18), quando irá se deslocar a Brasília com um advogado.
O STF quebrou o sigilo bancário das empresas Eletro Amazônia Construções Elétricas, Glamal - Construções e Serviços, J.B.S. Consultoria Projetos e Construções, Três Irmãos Engenharia (que pertence ao suplente de deputado estadual Carlos Avalone - PSDB) e a Valor Engenharia. Leitão afirmou que não teve seu sigilo quebrado e minimizou a medida do Tribunal.
“A quebra de sigilo é de praxe nesses casos, mas tenho muitas dúvidas. Eu, como tenho foro privilegiado respondo mesmo direto para o STF, mas qualquer inquérito precisa notificar os envolvidos e apreciar as defesas. Apenas depois disso é que realizam essas medidas. Preciso saber até se esse processo, por ser de 12 anos atrás, não está prescrito”, disse o deputado.
As empresas foram contratadas para elaboração do projeto final de engenharia da obra de pavimentação de acesso ao aeroporto, execução de urbanização e obras complementares da praça da matriz e execução de terraplanagem e pavimentação do trevo da praça da matriz.