Analistas já dão como certa decisão só em 2º turno na eleição para governo em MT

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Dos cinco candidatos, três teriam força igual para dividir votos.

MARCIA MATOS
DA REDAÇÃO

A opinião de que Mato Grosso deve ter, pela primeira vez, uma campanha para governo que chegue ao segundo turno, já é praticamente unânime entre os políticos e também entre os analistas.

O motivo é a entrada, de última hora, do deputado José Riva (PSD) na disputa, que também conta com Lúdio Cabral (PT) e Pedro Taques (PDT).

Para os analistas Onofre Ribeiro e Alfredo da Motta Menezes. com três candidatos representados por fortes partidos políticos, os votos serão divididos de forma acirrada.

“Na eleição de 2010, que tinha Silval Barbosa (PMDB), Wilson Santos (PSDB) e Mauro Mendes (PSB), o Wilson estava muito fragilizado pelo desgaste da Prefeitura de Cuiabá e não entrou para valer; então, ficou polarizado entre Silval e Mauro. Daí, se você olhar lá para trás, sempre teve duas candidaturas. Tinha mais, mas não era para ganhar. Era só para marcar posição. Agora entra um terceiro elemento na última hora que é o Riva e nós nivelamos em igualdade de posições a disputa, porque são três

candidatos com perfis diferentes e com públicos diferentes e em condições de dividir o eleitorado por três. Aí você gera, automaticamente, o segundo turno”, argumenta Onofre Ribeiro.

A candidatura de Riva, que é deputado estadual há 20 anos e trabalhou junto a prefeitos e vereadores de cinco mandatos é considerada, pelos analistas, independente da base governista, representada por Lúdio Cabral (PT).

“Não acho que foi estratégia, isso foi uma condução mal conduzida do grupo que está no governo, porque o Riva lançou a candidatura dele no dia em que foi lançado o Lúdio; se o Riva tivesse essa intenção antes,  talvez não tivesse aparecido o Lúdio. Eu acho que o Riva reagiu ao ‘atropelamento’ que o PR e o PMDB fizeram com o PSD. Não deixaram nada. Tiraram tudo da majoritária, então, foi uma reação, não um fato montado. Não teve articulação. Acho que foi até emocional”, analisou Alfredo da Mota Menezes.

Já no cenário da eleição federal os analistas pontuam que o desgaste do atual governo deve fazer com que PT, da presidente Dilma Rousseff, que busca  a reeleição, perca novamente em Mato Grosso.

Dilma perde terrivelmente em Mato Grosso. Até naquele momento do alto prestígio do Lula ao lado dela,  ela perdeu em Mato Grosso. Hoje, com os desgastes,  ela vai ter menos votos ainda, do que teve na última, e vai dar segundo turno indiscutivelmente”, frisou Onofre.

Para Alfredo a eminência do segundo turno de Dilma já começou a ser apontada nas pesquisas eleitorais. 

Outro grande problema para Dilma, embora tenha aumentado o Bolsa Família e programas sociais de distribuição de renda, o fraco desempenho na economia em sua gestão, enfraqueceu a classe média e a inflação dá, cada vez mais, sinais de que está voltando a bater com força na porta do brasileiro, principalmente os mais pobres.