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Cuiabá, 28 de Abril de 2024
28 de Abril de 2024

07 de Novembro de 2023, 08h:15 - A | A

POLÍCIA / ACESSO MALDITO

Policial penal é presa por tráfico em cadeia de MT

Investigações iniciaram em 2022, após uma série de apreensões de drogas e aparelhos celulares na unidade prisional de Alto Araguaia.

DO REPÓRTER MT



A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Alto Araguaia, deflagrou na manhã desta terça-feira (07.11) a Operação Acesso Maldito, com foco no combate a uma série de crimes, em especial tráfico de drogas e acesso ilegal de aparelhos celulares na Cadeia Pública do município. Uma policial penal foi presa na ação. 
 Outro mandado de prisão foi cumprido contra um reeducando. Mandados de busca e apreensão também foram cumpridos contra a policial e o preso.

Também houve bloqueios de contas bancárias e quebra de sigilo telefônicos expedidos pela 1ª Vara Criminal de Alto Araguaia, que tiveram como base as investigações da Polícia Civil.

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A operação contou com 15 policiais civis, quatro viaturas, sendo realizada uma inspeção completa em todas as dependências da cadeia local, com o foco na apreensão de drogas, aparelhos celulares e outros objetos ilícitos. A inspeção contou com a participação do Grupo de Intervenção Rápida do Sistema Penal, da Capital.

Investigações

Desde agosto de 2022, foram apreendidos, no interior da cadeia de Alto Araguaia, 50 aparelhos celulares e 300 porções de maconha.

O estabelecimento penal da cidade conta atualmente com mais de 100 presos, atendendo as cinco cidades da região, composta pelos municípios de Alto Garças, Alto Taquari, Ponte Branca, Araguainha, além de Alto Araguaia.

Com o andamento das investigações foi possível identificar a participação direta, de pelo menos, uma policial penal, que teve a prisão decretada.

As investigações apontaram que o processo se iniciava com a arrecadação de celulares por membros de organização criminosa envolvida com o tráfico de drogas na cidade. Esses aparelhos celulares são obtidos por meio da prática dos crimes de furto, roubo e até mesmo pela troca por drogas, realizada por usuários.

Os celulares então eram entregues para a policial penal em sua casa, que por possuir acesso irrestrito na cadeia pública, posteriormente repassava para os internos. A participação da policial penal era recompensada com valores e drogas, caracterizando também o crime de corrupção.

Ainda durante uma investigação envolvendo um caso de sequestro, tortura e cárcere privado, ocorrido na cidade, foi comprovado o intenso uso de celulares pelos presos, na medida em que os criminosos que estavam com a pessoa sequestrada fizeram várias ligações, por videoconferência, com os presos, numa espécie de ‘tribunal do crime’, para decidirem qual seria o destino da vítima.

O delegado responsável pelas investigações, Marcos Paulo Batista de Oliveira, destacou que as investigações comprovaram a permeabilidade e ausência de controle efetivo de acesso de objetos ilícitos no estabelecimento prisional, potencializada com a participação de servidor do sistema penal. "Os presos, com o acesso facilitado de celulares e drogas, continuam praticando livremente os mesmos crimes que os levaram a prisão”, disse o delegado.

Álbum de fotos

Polícia Civil-MT

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