FERNANDA ESCOUTO
DO REPÓRTER MT
A Justiça decretou a prisão temporária do policial militar Raylton Mourão e da esposa dele, Aline Valando Kounz, nesse domingo (14), por envolvimento na morte da personal trainer Rozeli da Costa Nunes, de 33 anos. O crime aconteceu em Várzea Grande, na última quinta-feira (11).
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Rozeli foi assassinada a tiros dentro do carro, quando estava indo trabalhar. Ela foi surpreendida por dois homens em uma motocicleta. O garupa sacou uma arma e atirou várias vezes nela, que foi atingida no rosto.
O casal ainda é considerado foragido.
Conforme o delegado Bruno Abreu, Aline fugiu do trabalho no sábado e não voltou mais. O policial também não se apresentou no batalhão desde o final de semana. "Todos esses fatos, mais as provas encontradas na residência levaram ao pedido de prisão", disse.
Raylton e a esposa dele são donos de uma empresa de distribuição de água potável em Várzea Grande, chamada Reizinho Água Potável. Um acidente de trânsito envolvendo o carro da personal, um caminhão-pipa da empresa do casal e uma motocicleta, pode ter motivado o crime.
De acordo com informações apuradas pela reportagem, o acidente ocorreu em março deste ano, na avenida Filinto Müller.
O motorista do caminhão teria entrado repentinamente na via preferencial sem dar qualquer sinalização, forçando a personal a frear bruscamente. Com a freada, a traseira do carro dela foi atingida por um motociclista.
Em julho, a vítima entrou na Justiça com uma ação de reparação de danos materiais e morais contra o casal, alegando que teve prejuízo estimado de até R$9,6 mil, além de ter ficado com o psicológico abalado. Uma audiência de conciliação entre Raylton, Aline e Rozeli estava marcada para ocorrer na próxima terça-feira (16).
Ainda conforme apuração, a empresa Reizinho Água Potável não possui CNPJ ativo e nem registro regular perante a Receita Federal.
Nesse sábado, a casa do policial militar e da esposa dele, que fica localizada no bairro São Simão, também em Várzea Grande, foi alvo de busca e apreensão, cumprida por equipes da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), mas quando os policiais civis chegaram lá, o casal não foi encontrado.
Corregedoria investiga
Por meio de nota, a Corregedoria da Polícia Militar informou que acompanhou o cumprimento do mandado de busca e apreensão na casa do policial e que abriu um procedimento para apurar os fatos administrativamente.