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Cuiabá, 25 de Abril de 2024
25 de Abril de 2024

19 de Dezembro de 2014, 09h:00 - A | A

POLÍCIA / DESVIO DE R$ 40 MILHÕES

Donos da Gráfica Print se apresentam na delegacia; eles são acusados de atuar em esquema na Secom-MT

Neste momento, os dois estão prestando depoimento a delegada Liliane Murata, que comanda as investigações.

JOÃO RIBEIRO
DA REDAÇÃO



Os donos da Gráfica Print e Defanti, Fábio e Dalmi Defanti, se apresentaram, agora há pouco, na Polícia Civil.

Eles são alvo da Operação ‘Edição Extra’, deflagrada ontem (18), pela Delegacia Fazendária (Defaz).

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A ação policial visa desarticular um esquema em processos licitatórios de serviços gráficos com o Estado. Com a fraude, cerca de R$ 40 milhões já teriam sido desviados dos cofres públicos.

Neste momento, os dois estão prestando depoimento à delegada Liliane Murata, que comanda as investigações.

Nesta quinta-feira (18), os policiais civis foram até a Gráfica dos empresários, para cumprir um mandado de prisão contra eles, além de busca e apreensão de documentos e computadores.  No entanto, os alvos não foram localizados.

Horas depois, a assessoria de imprensa dos empresários, enviou uma nota à imprensa, dizendo que os dois estavam trabalhando no interior do Estado, mas que iriam se entregar em breve.

Segundo os dois, os respectivos advogados não tiveram acesso à investigação, mas acompanharam toda a ação policial que cumpriu os mandados de busca e apreensão nas gráficas. “Neste sentido, mais esclarecimentos serão dados após o conhecimento do processo investigatório”, relata em um trecho da nota.

PRISÕES

Na operação, os dois secretários-adjuntos Elpídio Spizzi (Secretaria de Comunicação) e José de Jesus Nunes Cordeiro (Secretaria de Administração) foram presos.

De acordo com o delegado Carlos Cunha, os dois eram responsáveis pela realização do certame, onde o suposto esquema ocorreu. “Denúncias apontaram que os dois foram coniventes com a fraude, já que sabiam do esquema e teriam combinado tudo, com os empresários foragidos”, destacou.

O ESQUEMA

O delegado ainda explicou que que o susposto esquema consistia em processos licitatórios ‘viciados’, onde os empresários, que apresentavam as propostas, já sabiam qual firma iria ganhar o direito de prestar o serviço ao Estado. No entanto, o esquema foi denunciado por outro empresário que teria se negado a participar do crime.

“Um proprietário de uma gráfica chamado para integrar a fraude procurou o Ministério Público Estadual (MPE) e revelou o crime”, falou.

OPERAÇÃO

A Vara de Ações de Controle ao Crime Organizado expediu 6 mandados de prisão, quatro contra donos de gráficas e outros dois, contra servidores públicos. Além de 16, de busca e apreensão. 

Equipes do Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCOO), Ministério Público Estadual (MPE) e Auditoria Geral do Estado (AGE) estão dando apoio na Operação.

 

 

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