DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTERMT
O Tribunal de Justiça de Mato grosso (TJMT) condenou Bruno dos Santos Diesel, de 28 anos, a 33 anos de prisão pelo assassinato de sua namorada, a professora Valerie Petronetro, 48 anos, em Lucas do Rio Verde (354 km de Cuiabá). A decisão foi proferida na quarta-feira (20) pelo Tribunal do Júri e assinada pelo juiz Conrado Machado Simão.
Valéria foi brutalmente assassinada a golpes de faca no dia 10 de dezembro de 2022, dentro da casa onde morava no bairro Jardim das Palmeiras. O casal tinha um relacionamento conturbado e o criminoso agredia de forma constante a vítima.
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A professora já tinha registrado boletim de ocorrência contra Bruno, que chegou a ser preso. Porém, alguns meses antes do crime, ela pediu cancelamento de medida protetiva.
De acordo com o documento, o Conselho de Sentença reconheceu o motivo fútil e o requinte de crueldade praticado pelo réu ao fixar pena de 33 anos em regime fechado.
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"Denota, conforme mencionado acima, a violência excessiva emprega, que foge da normalidade do tipo. Denota-se nos autos que o crime fora cometido com instrumento contundente, causando à vítima múltiplas fraturas, sendo aproximadamente dez facadas, trazendo a intensidade do dolo para com o fato", diz trecho de decisão.
"Do exposto, encontro a pena privativa de liberdade total de 33 anos de reclusão. Fixo o regime de pena inicialmente fechado, haja vista a quantidade de pena e a reincidência".
Relembre o caso
Valéria foi encontrada morta pelo pai do filho dela. Segundo a Polícia Militar, o filho da vítima contou que tinha perdido o contato com a mãe há alguns dias e pediu para seu pai ir ver o que tinha acontecido.
Quando o homem chegou na casa, encontrou o corpo de Valéria já em estado de decomposição em um dos quartos. Os policiais contaram que no interior da casa foram identificados sinais de luta corporal, além de muitas manchas de sangue pelas paredes da cozinha, corredor e sala.
Horas após a localização do corpo, Bruno foi preso em Dourados (MS). Em depoimento, ele confessou o crime e ainda contou que ficou com o corpo de Valéria por dois dias na casa.
Além disso, ele afirmou que utilizou o cartão da professora para comprar bebidas e ainda pegou o carro dela para fugir.
