ÉPOCA
A ex-presidente Dilma Rousseff participou de ato em apoio a Lula neste domingo (29) na cidade de Madri , na Espanha, e afirmou que ele deve sair da prisão com sua inocência reconhecida, e não com tornozeleira eletrônica.
Dilma comentou o pedido encaminhado à Justiça pelos procuradores do Ministério Público Federal para que o ex-presidente Lula seja beneficiado pela prisão em regime semiaberto pelo fato de já ter cumprido um sexto de sua pena.
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"Ele não pode sair com um controle eletrônico amarrado na perna", disse a ex-presidente, segundo reportagem da Radio France Internationale (RFI). "Ele quer sair como um inocente. Só se sai da prisão com a cabeça em pé, não se sai curvado”.
Dilma se referiu aos procuradores como “fiscais” ao criticar o regime semiaberto proposto. “Agora, os fiscais [procuradores] querem tirar Lula rapidamente da prisão. Ficou problemático para os fiscais manterem Lula preso até porque o Supremo Tribunal, a Corte Suprema brasileira, está querendo colocar um 'stop' nesse processo. E eles querem se antecipar. E, mais uma vez, pretendem submeter Lula a condições que nós consideramos incorretas", afirmou Dilma, de acordo com a RFI.
FUNGOS E PARASITAS
A ex-presidente também criticou o presidente Bolsonaro por promover a destruição da Amazônia: “Bolsonaro quer as madeiras da Amazônia, que são de grande qualidade. Quer a exploração mineral, porque lá há ouro, potássio, terras raras, toda a diversidade mineral. O Brasil sem a Amazônia não é Brasil. Nós sabemos que há coisas que não se revertem. Você pode reverter uma lei, mas não reverte perdas como da Amazônia”. E acrescentou: “a árvore da democracia está sendo atacada com fungos e parasitas, que a comem por dentro”.