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Cuiabá, 04 de Maio de 2025
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23 de Setembro de 2017, 08h:22 - A | A

NACIONAL / RITUAL DE SUICÍDIO

Ex-médico Farah Jorge Farah é encontrado morto em sua casa em SP

STJ determinou na quinta-feira (21) seu retorno à cadeia pela morte e esquartejamento de paciente em 2003. Policiais que esperavam para levá-lo de volta ao presídio encontraram o corpo dentro da residência na Vila Mariana.

G1



O ex-médico Farah Jorge Farah, de 68 anos, foi encontrado morto em sua casa, na Vila Mariana, Zona Sul de São Paulo, nesta sexta-feira (22), informou a polícia. Condenado a 14 anos e oito meses de cadeia por matar e esquartejar uma paciente em 2003, ele deveria ser levado de volta à prisão após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinar, na quinta, a imediata execução provisória de sua pena.

Segundo o delegado Osvaldo Nico Gonçalves, um chaveiro foi chamado para abrir a porta da casa do ex-médico quando a ordem de prisão chegou. Ao entrarem, os policiais encontraram Farah deitado na cama, com um corte profundo na perna. Uma equipe médica tentou socorrê-lo, mas ele já havia morrido.

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 delegado acredita que Farah usou um bisturi para se matar. Segundo o policial, ele criou um "ritual" para morrer. "Ele colocou uma música sinistra, uma música de terror, coisa estranha, fúnebre. Ele se vestiu com roupas de mulheres, colocou seio, colocou essas coisas, e atentou contra a própria vida. "

Segundo Nico, Farah injetou silicone no peito e nas nádegas. "O legista disse que ele se injetou silicone. Isso foi recentemente, mas não sei quando", disse o delegado. O corpo do ex-médico foi levado ao Instituto Médico-Legal central.Na madrugada desta sexta, Farah foi visto entrando em sua casa com uma sacola com pães em uma das mãos e uma bengala na outra.

Farah foi condenado em 2014 a uma pena de reclusão em regime fechado pelo assassinato e esquartejamento de Maria do Carmo Alves, que era sua paciente e amante. Apesar disso, uma decisão de 2007 do Supremo Tribunal Federal (STF) permitiu que ele respondesse em liberdade.

Em agosto, o relator do caso, ministro Nefi Cordeiro, já havia atendido a um pedido do Ministério Público (MP) de São Paulo e votado pela imediata prisão do ex-médico.

No entanto, houve um pedido de vista do ministro Sebastião Reis Júnior, que levou a conclusão do julgamento para esta quinta-feira. Sebastião decidiu acompanhar o voto de Nefi Cordeiro. O STJ também negou recurso da defesa de Jorge Farah que pedia anulação do último júri.

O crime

Farah cometeu o crime em 23 de janeiro de 2003 na clínica dele, em Santana, na Zona Norte da capital paulista. A vítima tinha 46 anos quando foi atraída para o local e morta pelo então médico, que queria pôr fim à relação conturbada que tinha com a vítima.

De acordo com a denúncia da Promotoria, Farah matou Maria após ela ir a seu consultório com a falsa promessa de que a submeteria a uma lipoaspiração. Em seguida, ele dispensou sua secretária e sedou a vítima.

Segundo o MP, após constatar a morte dela, Farah passou a esquartejar o corpo para dificultar a identificação. Ele colocou as partes do corpo em sacos plástico e escondeu no porta-malas de seu carro. Os órgãos e o pescoço da vítima nunca foram encontrados pela Polícia Civil.

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