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Cuiabá, 26 de Abril de 2024
26 de Abril de 2024

18 de Dezembro de 2018, 14h:30 - A | A

PODERES / DESVIOS NA SAÚDE

Juiz considera quadrilha liderada por ex-secretário pior que o Comando Vermelho

Na decisão, Marco Faleiros afirmou que a corrupção na Saúde gerou a morte de pessoas que estavam na fila de espera para fazer cirurgias de alta complexidade.

THIAGO ANDRADE
DA REDAÇÃO



Ao mandar prender o ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Huark Correia, e outras sete pessoas, o juiz o juiz Marco Faleiros da Silva - da 7ª Vara Criminal de Cuiabá – afirmou que os crimes cometidos para fraudar contratos da Saúde de Mato Grosso são mais graves que os praticados pelo Comando Vermelho, operados em outra operação.

“Registro que de todos os processos que trabalhei, esses são os fatos concretamente mais graves, talvez, até mais graves que atuação dos membros da facção Comando Vermelho (Operação Red Money), porque envolvem esquema de corrupção, fraude a licitação em prestação de serviços da saúde pública (UTIs e Clínica médica) e lavagem de dinheiro”, diz trecho da decisão.

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“Gerando a morte de pessoas que estão na fila de espera para realização de cirurgia de alta complexidade (cardíaca, neurológica), mas não conseguem diante da ação do grupo que Monopoliza o serviço de saúde e superfaturam contratos", diz trecho do documento.

Na avaliação do magistrado, os fatos se tornam chamam a atenção porque geraram a morte de pessoas que estavam na fila em busca de cirurgia cardíaca e/ou neurológica, por exemplo.

“Gerando a morte de pessoas que estão na fila de espera para realização de cirurgia de alta complexidade (cardíaca, neurológica), mas não conseguem diante da ação do grupo que monopoliza o serviço de saúde e superfaturam contratos, utilizando de suas influências políticas para permanecer em cargos estratégicos para beneficiar as empresas dos membros da organização criminosa”, argumenta.

As empresas Proclin, Prolabore e Qualycare, segundo o juiz, faziam de conta que prestavam serviço de qualidade, quando, na verdade, apenas utilizavam o dinheiro público em detrimento dos interesses particulares, fato extremamente grave.

Marco Faleiros disse também que a prisão dos membros da organização criminosa se faz necessária para barrar a atuação do grupo que tem forte influência econômica e política.

No entanto, a Polícia Civil ainda apura o montante desviado dos cofres públicos, mas apenas com o Governo do Estado as empresas tinham contratos na ordem de R$ 82 milhões, em alguns casos, o superfaturamento era de 50%.





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