Vou continuar, a contragosto, com esta tema, por que na semana passada foi noticiado uma remessa de numerário suspeito para a conta corrente da futura Primeira dama do Pais, envolvendo um filho do eleito Presidente da República, e um servidor da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Espero que este fato seja devidamente esclarecido e na esteira dele, como é de costume, não apareçam outros episódios que possam inviabilizar a futura administração que foi ungida para, sobretudo, restabelecer a moralidade no País.
Precisamos de paz e esperança no futuro e as eleições passadas sinalizaram nesta direção. Não dá mais para continuar nesta cruel gangorra de incertezas. Nenhuma nação do mundo se legitimou e se desenvolveu sem estabilidade política, social e econômica que dão respaldo para se planejar o futuro.
Noticia-se que a recessão foi estancada e já iniciou um tímido crescimento econômico dando esperanças para as pessoas: os empresários já ensaiam investimentos; os grandes investidores já se animam; mercado imobiliário já começou a reagir; os que estão empregados respiram aliviados; os desempregados sonham com dias melhores e o pequeno investidor aspira por efetivos ganhos. Enfim, é o almejado crescimento que aumentará a arrecadação de impostos para os combalidos cofres públicos. As esperanças estão se renovando e um novo círculo virtuoso se anuncia, apesar de todos os percalços do Governo que estar-se encerrando.
Todas as nossas fichas estão empenhadas com o Novo Governo que galvanizou os desejos de severas mudanças para a população. Um Governo iniciante combalido e emparedado com acusações inexplicáveis seria a prorrogação de um calvário que a população não aguenta mais.
Um presidente fragilizado será incapaz do enfrentamento necessário dos outros Poderes e de outras inúmeras corporações de interesses. E não terá forças para viabilizar um projeto de reformas e, sobretudo, de implementar uma agenda positiva. Isto é tudo que o Brasil não precisa!
Insisto, só nos resta esperar que o relatado seja devidamente resolvido para que não venha a empanar o brilho do futuro Governo, a fim de que passamos ter o sossego e a esperança que merecemos e, sobretudo, “paz para poder sorrir” como diz a canção de Almir Sater. Afinal, não merecemos ter outro Governo que não morre e se recusa a sair da UTI, pois é preciso tocar em frente! É preciso viver! É preciso trabalhar com as mínimas certezas de segurança e fé no futuro!
RENATO GOMES NERY é advogado em Cuiabá.
