Nas últimas semanas, o Mais Médicos esteve entre os assuntos mais divulgados e comentados na imprensa. O programa do Governo Federal, lançado em 2013 para suprir a carência de médicos na rede pública, especialmente no interior do País, tem reconhecidamente seu valor para a população brasileira. Importante salientar que o pleno funcionamento do sistema de saúde nacional vai muito além da presença de médicos e já está na hora do Poder Público avaliar esta necessidade.
Considerando o modelo de gestão de saúde adotado em nosso País, o atendimento primário nas unidades básicas de saúde - etapa onde são realizados consultas e exames básicos, como das análises clínicas - é de fundamental importância.
A presença do biomédico nesse contexto, que, entre as funções, atua na prevenção de doenças por meio da realização de exames em campanhas de saúde, bem como a participação de outras especialidades da área de saúde, fortalecem o caráter multidisciplinar do atendimento.
O objetivo da atenção primária é oferecer acesso universal, serviços abrangentes e avaliar a necessidade de assistência especializada e hospitalar, este o atendimento secundário.
Além do Programa Mais Médicos, está na hora de nossos governantes ampliarem espaço para outras profissões voltadas aos cuidados com a saúde da população e promover uma assistência especializada, salvo a Medicina, em programas e iniciativas que já existem, mas que não incluem, em sua maioria a Biomedicina, a exemplo do Programa de Saúde da Família (PSF).
RONY MARQUES CASTILHO é presidente do Conselho Regional de Biomedicina da 3ª Região.