JOÃO RIBEIRO
DA REDAÇÃO
Um médico e um agente penitenciário foram identificados por uma investigação da polícia civil exercendo a profissão em Mato Grosso, por meio de diplomas falsos.
O falso profissional de saúde ainda é inscrito no Conselho Regional de Medicina do Estado (CRM - MT). Já o carcereiro usou o diploma falso do ensino médio para assumir o cargo público. O esquema da compra dos diplomas falsos foi descoberto ontem (27), durante a deflagração da operação ‘Falsário’, desencadeada pela Polícia Civil.
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Em uma entrevista à imprensa nesta sexta-feira (28), a delegada responsável pelo inquérito criminal, Ana Maria Machado, disse que os dois já estão sendo monitoradores e devem ser presos nos próximos dias, por isso, os respectivos nomes não foram divulgados.
Segundo ela, o esquema era chefiado no Estado por Carlos Alexandre de Souza, que foi preso em Cáceres. O criminoso já era investigado pela Polícia, há quatro anos, e tinha um escritório na capital, específico para captar clientes que buscavam a compra de diplomas do ensino fundamental, médio, curso superior e técnico.
RepórterMT
Polícia monitorava Carlos (líder do esquema) há quatro anos
Ana Maria explicou que Carlos cobrava de R$ 750 a 1.000 para falsificar diplomas do ensino médio e fundamental. Já para diplomas do curso superior, o valor chegava até R$ 90 mil. “O Carlos tinha a função de captar clientes. Esses falsos alunos iam até seu escritório passavam os documentos pessoais. Com isso, o criminoso acionava intermediários nas escolas de Maranhão e Rio de Janeiro para fraudar os diplomas”, falou.
No escritório de Carlos, a delegada disse que foram apreendidos mais de 200 certificados prontos para ser entregues. Um deles seria do curso de medicina, de Uma Universidade de Jundiaí (SP).
Dos 11 mandados de prisão preventiva, 10 foram cumpridos. Em seguida, os policiais cumpriram todos os 23 mandados de condução coercitivas e 23 busca e apreensão.