ANA ADÉLIA JÁCOMO
DA REDAÇÃO
O deputado federal Júlio Campos (DEM) afirmou esta semana que manteve um diálogo recente com o prefeito de Várzea Grande Walace Guimarães (PMDB) e teria o aconselhado a organizar uma equipe “séria, digna, honrada e incorruptível” para atuar no Paço Couto Magalhães.
Após o escândalo deflagrado com a Operação Camaleão, do Gaeco, Walace foi alvo de busca e apreensão em seu gabinete e pelo menos em quatro secretarias da prefeitura. A operação visa descobrir fraude na empresa Carneiro & Carvalho, que tem contrato de R$ 10 milhões com a prefeitura para vários tipos de reforma no município.
Além dessa nova crise, o município enfrenta muita dificuldade na área de Saúde, Educação e Infraestrutura. A falta de água é crônica em Várzea Grande e a violência urbana coloca o segundo maior município de Mato Grosso no topo da lista de índices de assassinatos. Somente este ano, mais de 150 pessoas foram mortas, segundo a Polícia Civil.
“Está faltando gestão, e eu já falei isso para o prefeito Walace. Em montar uma equipe séria, digna, honrada e incorruptível para poder organizar a Casa. A gestão não vai bem, o desgaste é muito grande e a prefeitura de Várzea Grande sempre foi a melhor de Mato Grosso, mas isso (a investigação) faz parte. A política, hoje, é uma atividade de risco”, avaliou ele.
Nascido em Várzea Grande, Júlio Campos foi prefeito do município em 1972 e governador do Estado em 1982. No mesmo ano, seu irmão, o senador Jayme Campos (DEM) elegeu-se prefeito da mesma cidade, e em 1996 foi eleito novamente, reelegendo-se em 2000. Júlio deixou claro o desejo de ver sua esposa Lucimar Campos (DEM) como chefe do Executivo.
“Tem um processo em andamento que pode mudar o quadro político ainda este mês de dezembro, que é aquela ação de impugnação de mandato, e quem pode assumir é a Lucimar, mas isso é uma possibilidade”.
Ocorre que Lucimar concorreu à prefeitura em 2012, foi derrotada, mas pode assumir a cadeira de Walace ainda este ano. É que o prefeito está sendo investigado por suposta formação de Caixa dois na campanha eleitoral. O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) já determinou a quebra de sigilo bancário. A ação deve ser julgada até dezembro deste ano.
“Em Várzea Grande o que é pior? Continuar como está ou dar uma concertada nas coisas? Do jeito que está é impossível continuar, mas vamos aguardar. Várzea Grande tem solução ainda, e se eu fosse o prefeito, em 90 dias eu colocava ‘a coisa’ em ordem. É só querer organizar”, completou o deputado.
Fim da era Campos?
Júlio declarou que o senador Jayme Campos está cansado da vida política e não deve se candidatar à Prefeitura de Várzea Grande em 2016, como tem sido especulado nos bastidores. Jayme cumpre seu último ano no Senado Federal.
Segundo Júlio, seu filho Júlio Campos Neto (DEM), que disputou e perdeu uma cadeira na Assembleia Legislativa este ano, também não irá mais se arriscar na política. “Jayme está cansado e meu filho vai cuidar da parte empresarial. Ele acabou de sair de uma eleição e não teve sucesso, então vamos reorganizar”.
Como possíveis candidatos no próximo pleito, Júlio citou: o empresário Juliano Bortoloto, o Juliano da Todimo (PDT); o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Várzea Grande David Pintor - proprietário da Castelo Materiais para Construção; o deputado estadual eleito Peri Taborelly (PV); o suplente de deputado estadual Jajá Neves (PDT) e o deputado estadual eleito Botelho (PSB).
Evee 22/11/2014
COITADA DA VARZEA GRANDE . ESTA FERRADA E PELO QUER VEJO VAI CONTINUAR LASCADA.
1 comentários