DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTER MT
A família de Nayara Vit, modelo que morreu após cair do 12º andar do prédio em que morava no Chile, há mais de 11 meses, informou que as investigações sobre o caso ainda não foram concluídas pelas autoridades policiais do país. Para a mãe da vítima, Eliane Marcos Vit, essa situação é inaceitável.
"No próximo dia 07 completa um ano de sua morte e para nós família e amigos, é inaceitável que até hoje o Ministério Público do Chile não tenha concluído essas investigações", lamentou.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
Nayara morreu no dia 7 de julho na cidade de Santiago. Inicialmente, o caso estava sendo apurado como suicídio, no entanto, a Justiça chilena descartou a possibilidade e o inquérito tramita em um setor do Ministério Público, que apura crimes de violência doméstica.
Em entrevista ao RepórterMT, Eliane explicou que conversou com a fiscal Carolina Fuentes, que assumiu o caso após o afastamento de Omar Mérida. Ela afirmou que as investigações não param por nem um dia, mas sem avanço significativo.
"Carolina disse que vários exames periciais foram solicitados, alguns ela já tem o laudo, outros ainda não foram concluídos, infelizmente", disse.
"Estamos na luta por um avanço, o mínimo que seja, mas até agora nada", completou.
Leia também
Morte de modelo cuiabana passa a ser investigada como feminicídio; empresário é suspeito
Acompanhamento das investigações
Quase um ano após a morte de Nayara, a mãe da modelo destacou que não consegue autorização para entrar no país e acompanhar as investigações.
"Temos uma tremenda frustração com o governo do Brasil porque eu já tentei por meio do Itamaraty, do Ministério das Relações Exteriores, do Ministério da Mulher e da Família, do Ministério da Justiça para que eles cobrassem uma posição do departamento que cuida dos casos envolvendo brasileiros no exterior, mas um joga pro outro e até agora não tivemos uma resposta de nenhum desses departamentos no Brasil", reclamou.
Leia mais:
Modelo cuiabana cai do 12º andar de prédio e morre; família não acredita em acidente
"Até hoje não consegui ir pra lá, lamentavelmente a minha entrada no país foi negada pela vigilância de saúde do Chile. Para entrar no país você é obrigado a fazer um passaporte sanitário, que é autorizado por meio de um passe sanitário, que eles liberam com a comprovação da vacina. Fiz o pedido quando já estava com as duas doses da vacina, mas eles negaram o pedido alegando inconsistência nas informações e não me deram direito a recorrer a nada", acrescentou.
Para a família, o ex-companheiro da modelo estaria envolvido na morte. Ainda não há previsão de quando as investigações devem ser concluídas.
Leia mais
Ex-namorado diz ter sido ameaçado por marido de modelo morta no Chile