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Cuiabá, 14 de Janeiro de 2025
14 de Janeiro de 2025

04 de Dezembro de 2015, 13h:28 - A | A

GERAL / SEM PERÍCIA

Peritos criminais paralisam atividades na tarde desta sexta-feira

A categoria reivindica melhor estrutura física nas unidades da Politec e aumento no efetivo.

CELLY SILVA
DA REDAÇÃO



Peritos criminais do Estado paralisaram as atividades na tarde desta sexta-feira (04), data em que se comemora o Dia Nacional do Perito Oficial Criminal. A categoria reivindica melhores condições de trabalho, com estruturação física das unidades e aumento no número do efetivo. No início da tarde, houve uma campanha de doação de sangue dos peritos e, em seguida, eles se concentraram no pátio da sede da Politec, em Cuiabá.

O Sindicato dos Peritos Oficiais Criminais de Mato Grosso (Sindpeco-MT) estima que há um déficit de 20% de peritos em Cuiabá. No interior, esse número se agrava, com municípios onde sequer há técnicos em necropsia. O presidente do Sindpeco, Alisson Trindade, denuncia que há cidades onde os peritos precisam viajar sozinhos cerca de 300 quilômetros, por falta de motoristas.

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Alisson Trindade

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Aumento da criminalidade gera sobrecarga para peritos, responsáveis por toda a perícia de mortes relacioados à crimes. O problema torna-se um círculo vicioso, pois sem o trabalho dos peritos, os bandidos são soltos por falta de provas.

Além da falta de profissionais, outra reclamação é referente à falta de estrutura física nas unidades. “A estrutura predial da Politec na capital foi aproveitada de um antigo galpão que era usado pra guardar coisas do Estado. Isso foi reaproveitado pra se usar por no máximo dois ou três anos, e já faz 11 anos! Hoje com essa entrada da turma nova, a estrutura física está muito ruim. A gente tem vários problemas laborais de ergonomia, segurança do trabalho, as salas estão muito apertadas, não tem rede elétrica adequada”, relata Trindade.

No interior, a situação se repete. Todas as unidades funcionam em casas alugadas, nenhuma foi construída com planejamento para o fim a que se destina. “O trabalho da Politec é muito específico, precisa de certas características”, explica o sindicalista.

O sindicato afirma que já houve quatro reuniões com o secretário de Segurança Pública Mauro Zaque, mas ainda não se chegou a uma solução para as demandas apresentadas.  “Quem sofre com isso é a população porque a gente não consegue fazer uma prova material de qualidade nem em tempo hábil”, afirma Trindade.

Ele explica que com a deficiência no setor, não há como produzir provas que incriminem criminosos, que acabam sendo soltos e continuam a cometer delitos. Alguns casos estão totalmente parados, como é o exemplo do feto encontrado no lixão Barreiro Branco, em Cuiabá, há cerca de um mês. O corpo precisa passar por exame do setor de Antropologia Forense, que simplesmente parou de funcionar há dois meses.

 

A Secretaria Estadual de Segurança Pública e a Politec, por meio de assessoria, informaram que o Estado ainda não emitiu um posicionamento a respeito das reivindicações dos peritos oficiais, mas que acompanharão as manifestações ao longo desta tarde. 

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