APARECIDO CARMO
DO REPÓRTER MT
O RepórterMT quis saber se os leitores do site confiam nas pesquisas de intenção de voto divulgadas durante o período eleitoral e usadas pelas campanhas para determinar quais rumos cada candidatura deve tomar. A pergunta foi clara: “Você confia nas pesquisas apresentadas até aqui?”.
Para 78,14% dos votantes, as pesquisas não são dignas de confiança, são enviesadas e não possuem metodologia transparente. Os outros 21,86% dos leitores afirmaram acreditar no que as pesquisas mostram.
Os principais institutos de pesquisa no país atualmente são o Datafolha, ligado ao jornal Folha de S. Paulo, e o IPEC, formado pelos executivos que trabalhavam no antigo Instituto Ibope. São eles que ditam a cobertura dos grandes veículos de imprensa no país.
Mas não é o nome que torna um instituto de pesquisas confiável. Mesmo porque, para a maior parte das pessoas, é impossível reconhecer uma pesquisa idônea e uma manipulada, já que, geralmente, o que se divulga são os resultados e não as informações sobre amostragem, decisões metodológicas, etc.
A principal forma de separar o joio do trigo é analisar o histórico do instituto em questão. Um exemplo prático: na eleição dos EUA de 2016, a maioria das pesquisas apontava a vitória de Hillary Clinton. A única pesquisa que apontou a vitória de Donald Trump foi o pequeno Trafalgar Group, que foi ignorado pelas três grandes redes de TV americanas. E a história mostrou quem estava certo.
É importante frizar que as enquetes do RepórterMT não têm caráter científico e são fruto da curiosidade jornalística.
Carlos Monteiro 01/10/2022
Seguindo essa mesma lógica, enquetes também não são confiáveis, né?
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