CELLY SILVA
DA REDAÇÃO
Treze homens foram presos nas imediações do garimpo da Serra do Caldeirão, em Pontes e Lacerda, no último sábado (14), portando materiais de extração e um revólver calibre 38. Dentre os detidos, um grupo de quatro garimpeiros que estava com a arma de fogo e resistiu à prisão, foi preso no Centro de Detenção Provisória pelos crimes de porte ilegal de arma, organização criminosa e desacato.
De acordo com moradores do município e servidores públicos que fazem a assistência social aos garimpeiros, a intenção deles é permanecer na cidade até que a operação policial termine e eles possam voltar para o garimpo.
Ainda há mais de uma centena de aventureiros na cidade, acampados de forma improvisada nas proximidades da rodoviária ou em hospedarias. De acordo com moradores do município e servidores públicos que fazem a assistência social aos garimpeiros, a intenção deles é permanecer na cidade até que a operação policial termine e eles possam voltar para o garimpo.
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Mas de acordo com o coronel Alberto Neves, do 12º Comando Regional da Polícia Militar, “eles vão esperar por muito tempo porque a operação não vai acabar enquanto eles estiverem por aqui. Se houver aumento de pessoas, a gente chama todas as forças policiais novamente”, rebate. As Polícias Militar, Civil e Federal ainda permanecem no município para coibir novas invasões ao minério.
Mas de acordo com o coronel Alberto Neves, do 12º Comando Regional da Polícia Militar, “eles vão esperar por muito tempo porque a operação não vai acabar enquanto eles estiverem por aqui", frisou.
Por outro lado, o Estado também tem levado assistência social aos garimpeiros. Logo após a operação Terra do Nunca, em que houve a desocupação do garimpo, na segunda-feira (09), houve um trabalho conjunto entre as secretarias de Trabalho e Assistência Social (Setas) estadual e municipal, que também contou com o apoio da Defesa Civil. Naquele momento, os garimpeiros inviabilizaram as triagens que estavam sendo feitas. Eles se mostravam muito nervosos e hostis, mas agora, a situação já está mais tranquila, conforme relatos de servidores públicos.
Estado disponibilizou aproximadamente R$ 15 mil para a compra de passagens de volta para os garimpeiros e 100 cestas básicas para ajudar àqueles que permanecem em Pontes e Lacerda.
De acordo com Maria Miqueline Pereira, coordenadora da Defesa Civil, o Estado disponibilizou aproximadamente R$ 15 mil para a compra de passagens de volta para os garimpeiros e 100 cestas básicas para ajudar àqueles que permanecem em Pontes e Lacerda. Os recursos estão sendo geridos pela Prefeitura do município, algumas igrejas também colaboram levando marmitas para os acampados.
Maria Miqueline diz ter conversado com alguns garimpeiros e, segundo ela, a grande maioria veio de outros estados, somente cerca de 35 deles pediram ajuda com passagens para retornar para casa. Muitos têm condições de se manter na cidade na expectativa de poder voltar ao garimpo. “Eles não tem nenhuma preocupação com relação à segurança ou à prisão. Eu cheguei a entrar no garimpo e as condições lá eram desumanas, degradantes, sem banheiro, sem ter onde tomar banho, o mau cheiro era muito forte”, relata.
O 
recebeu muitos relatos de moradores de Pontes e Lacerda com relação à verdadeira “bagunça” que se instalou com tantos garimpeiros nas ruas da cidade, com denúncias de perturbação de ordem pública e atentado ao pudor, com pessoas usando drogas, fazendo festa com carro de som até de madrugada e até mesmo sexo em local público. Mas nenhum boletim de ocorrência foi registrado até o momento. Segundo o coronel Alberto Neves, o policiamento na cidade não foi reduzido por causa do garimpo e “qualquer outro crime que porventura a PM seja solicitada via 190, a viatura vai ao local fazer o que a gente sempre faz”, afirma.
