APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
O frentista Gabriel de Paula Parabas Feitosa, 20 anos, não tem previsão de receber alta do Hospital Municipal de Cuiabá. A informação foi confirmada ao RepórterMT pela sua mãe, Tatiane Feitosa.
“Ele já saiu da UTI, está na enfermaria. Ontem ele deu um quadro de febre, os exames dele estão maio alterados, mas graças a Deus está bem, conversando”, disse. A esposa de Gabriel está grávida e o parto, apesar de ter sido marcado para o próximo dia 13, pode ocorrer a qualquer momento.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
Ela conta que o filho deve fazer um exame nos rins, mas sem data definida. Além disso, Gabriel não se recorda do acidente com a Porsche. “A gente já conversou com ele, para ele tentar lembrar, mas não lembra”, disse.
Mãe de motorista que ficou na UTI comemora prisão de dono de Porsche: "Justiça está sendo feita"
Tatiane lembra que os dias em que o filho ficou intubado foram de angústia. Ele ficou em coma por cerca de quinze dias e chegou a ser desenganado pelos médicos.
“O meu medo era do meu filho não poder voltar, esse era o meu medo. Não quero nada financeiro deles”, diz Tatiane, referindo-se ao empresário José Clovis Pezzin de Almeida e a sua namorada, que estavam no veículo de luxo no momento do acidente.
Conforme relatou à reportagem, a equipe da Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (Deletran) ainda não procurou a família desde que Gabriel retomou a consciência.
O caso
O acidente ocorreu no último dia 17 de janeiro. Gabriel saia do trabalho, em um posto de combustíveis na Estrada da Guia, quando teve o seu Volkswagen Fox "atropelado" pela Porsche de José Clóvis.
No dia do acidente, Gabriel ficou preso às ferragens, foi socorrido inconsciente pelo Corpo de Bombeiros e encaminhado diretamente ao HMC.
José Clóvis, em boletim de ocorrência (B.O), culpou a vítima pelo caso. Ele alegou que o Fox invadiu a pista, sem sinalizar (dar seta). O caso segue sendo investigado.
Na última semana o empresário foi preso pela Operação Hades que investiga crimes de tráfico e lavagem de dinheiro.
Nas investigações, foram verificadas movimentações financeiras de mais de R$ 300 milhões de reais em contas bancárias dos envolvidos na investigação.
