JOÃO AGUIAR
DO REPÓRTER MT
A família tutora da shih-tzu Charlote Dayane, de 8 anos, que foi esquecida em uma manta térmica e sofreu queimaduras gravíssimas, afirmou nos stories do Instagram que foi coagida pela clínica veterinária onde a cadelinha passou pela cirurgia, em Cuiabá. Charlote não conseguiu se recuperar e morreu na noite dessa sexta-feira (28).
Após a morte do animal, bastante emocionada, uma das tutoras de Charlote explicou todo o caso. Segundo Elizabete, filha da tutora de Charlote, Eliane Rojas, a família levou a cadela por conta de um problema no olho, na noite do dia 11 de abril.
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No dia seguinte, ela voltou até a clínica e o médico explicou que teria que fazer a cirurgia de retirada do olho, uma enoclueação ocular. A mulher por várias vezes perguntou se era necessário fazer a cirurgia e o veterinário, segundo ela, disse que era preciso realizar o procedimento com urgência, já que o olho poderia infeccionar ainda mais.
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“Eu fiquei me sentindo super pressionada psicologicamente, e a gente optou por fazer a cirurgia. A gente ia pedir uma segunda opinião, mas ele [veterinário] é muito arrogante. eu falei o nome de uma amiga minha, que iria pedir opinião para ela, e ele respondeu que: ‘não, ela não sabe de nada, vocês não vão falar com ela, não precisa falar com ela’”, contou Elizabete.
"Não lembro ao certo, mas ele foi super arrogante e entrou em uma conversa minha com minha mãe. A gente nem estava falando com ele. E ele disse que tinha que operar logo, que era com urgência, que tinha risco de infecção e virar óbito. Nisso ela operou e ele enviou um áudio dizendo que deu tudo certo na cirurgia. Não falou nada sobre as queimaduras”, completou.
O áudio do veterinário foi postado na íntegra no Instagram. “Acabei de fazer a cirurgia da Charlote e estou entrando em contato para falar que deu tudo certo o procedimento cirúrgico, tá? A gente fez a retirada completa do olho. Agora ela está em recuperação anestésica, para controle de temperatura e a gente vai estar fazendo analgesia nela e antibiótico e terapia. Amanhã final da tarde quando ela estiver bem, ativa, a gente vai estar dando alta para ela, mas deu…", diz o áudio do médico veterinário postado pela família.
A mulher continua, dizendo que não foi dito nada para a família sobre a queimadura. Quando chegaram na clínica veterinária, já no fim do dia, descobriram o caso. O veterinário, segundo a tutora, disse que aconteceu uma queimadura na perna e receitou uma pomada e soro fisiológico para tratamento.
“Ele disse: ‘Olha ocorreu uma intercorrência e a manta térmica sobreaquece porque colocamos numa tomada 220 não sabemos ao certo e ocorreu uma queimadura na barriga da Charlote”, conta.
“Ele falou para passar nebacetin e soro fisiológico. Se não procurássemos outra clínica, ela nunca teria aguentado todo esse tempo, teria morrido antes”, lamenta.
Charlote foi foi levada para outra clínica em Cuiabá, onde lutou para se recuperar das graves lesões até a noite de ontem. Eliane contou ao RepórterMT que gastou mais de R$ 12 mil com o tratamento da cadela e foi criada uma página no site Vakinha para ajudar a custear o tratamento de Charlote, onde ela pedia ajuda para arrecadar R$ 30 mil no total.
Porém, nessa sexta-feira (28), ela não resistiu aos ferimentos. Um advogado já estuda quais medidas serão adotadas a partir de agora.
Outro lado
A clínica veterinária envolvida no caso enviou uma nota a pedido do RepórterMT, explicando a situação. De acordo com a nota, Charlote ficou disposta sobre o colchonete térmico durante toda a cirurgia, a fim de estabilizar a temperatura corporal.
“Em dado momento o médico veterinário cirurgião ao procedimento de observação da paciente, notou que o equipamento colchonete térmico estava em alta temperatura, acima do normal, observando que o corpo da paciente estava quente. Neste momento ela foi retirada de imediato e levada para monitoramento na internação”, diz o documento.
Horas depois da shitzu internada, a médica veterinária plantonista notou as lesões no corpo da cadela e avisou o médico veterinário responsável pelo caso, para que ele informasse os tutores e tomasse as devidas providências. Ainda de acordo com a clínica, “todas as medidas possíveis no campo médico veterinário foram tomadas para atender a paciente”.
“A direção da Clínica Veterinária está apurando os fatos, lamentando o ocorrido e tomando todas as providências que forem necessária para apurar as circunstâncias que se deu os fatos com a paciente Charlote.”
OUTRO LADO
A paciente CHARLOTE deu entrada na Clínica Veterinária Bendita Pata no plantão noturno e o seu tutor expôs os problemas: que saiu de casa no horário do almoço, voltou à noite e notou que o olho estava inchado e a vermelhado com secreção densa mucopurulenta.
Na consulta foi diagnosticado que a paciente apresentava secreção escura demasiada e densa no olho direito, recobrindo o órgão. No exame físico a médica veterinária notou olho direito avermelhado com descemetoc ele, conjuntiva inflamada e edema palpebral.
No olho esquerdo foi notado edema de córnea com cicatriz de úlcera (não corou com colírio de fluoresceína), temperatura retal estava em 40,3°C, escore corporal baixo e com muitos nós na pelagem, pelos ressecado s e embolados, com odor rançoso, pele gordurosa e com dermatoses. A médica veterinária plantonista solicitou exames de sangue (hemograma e perfil bioquímico: ALT, FA, UREIA, CREATININA, PT). A paciente CHARLOTE foi encaminhada para a internação onde foi in iciado fluidoterapia e tratamento com anti analgésico.inflamatório, antibiótico, antipirético e No mesmo dia, a paciente foi avaliada pelo médico veterinário cirurgião que instruiu os tutores sobre a necessidade de realização do procedimento cirúrgico de enucleação (retirada completa do olho direito). Eliane Montanha Rojas, mãe do Eduardo, responsável legal pela paciente Charlote, autorizou a realização do procedimento pelo WhatsApp, assinando posteriormente o documento de Termo de Autorização de Interna ção, Exames, Tratamento Clínico e Cirúrgico.
A paciente Charlote entrou para o centro cirúrgico por volta das 18:00 horas, foi posicionada em cima de tecido/pano de campo estéril e sobre um colchão térmico desligado para realização da intubação. Após entu bada, foi posicionada em decúbito lateral esquerdo. Foi realizada a abertura dos materiais estéreis para a realização do procedimento cirúrgico de enucleação (retirada d o olho direito).
Foi para a pia de escarificação se a antissepsia prévia do sítio cirúrgico e o cirurgião f com pedal para a lavagem de mãos e antebraço com clorexidina 2%.
Após a paramentação, foi realizada a antissepsia definitiva, colocado campo estéril sobre a paciente e iniciouse o procedimento propriamente na ficha cirúrgica. um tecido/pano de dito como descrito Durante o procedimento a paciente apresentou queda de temperatura, então o anestesista ligou o colchão térmico para aquecêla e evitar hipotermia no pós Ao fim do procedimento, foi retirado o tecido/panooperatório. de campo, realizado limpeza da região operada com clorexidina 0,2% e ao redor com água oxigenada.
Durante a cirurgia a paciente na mesa cirúrgica com o traqueotubo ficou disposta sobre o colchonete térmico, utilizado para estabilização de temperatura durante o ato cirúrgico Em dado momento o médico veterinário cirurgião ao procedimento de observação d a paciente, notou que o equipamento colchonete térmico estava em alta temperatura, acima do normal, observando que o corpo da paciente estava quente.
Neste momento ela foi retirada de imediato e levada para monitoramento na internação. Horas depois da pac iente internada, a médica veterinária plantonista notou lesões que se assemelhavam com queimaduras, passou pomada para queimaduras e avisou o médico veterinário responsável pelo caso para que ele informasse os tutores e tomasse as devidas providências. Tod as as medidas possíveis no campo médico veterinário foram tomadas para atender a paciente CHARLOTE.
O médico veterinário responsável pelo caso conversou com a Senhora Eliane, mãe do Eduardo legal pela paciente Charlote informando o ocorrido. A Dra. Patrícia (Médica Responsável Técnica da Clínica), orientou a Eliane que a paciente permanecesse na clínica em observação e continuidade dos tratamentos necessários. DAS QUEIMADURAS EM FACE DO COLCHONETE TÉRMICO As lesões estavam localizadas no pes cm de coço (uma lesão avermelhada de aproximadamente 1.0 cm de diâmetro e outra com cerca de 2,5 cm de diâmetro) e na região lateral esquerda do abdome (três lesões avermelhadas de aproximadamente 3,5cm de diâmetro com desprendimento da primeira camada da pele).
A Paciente Charlote ficou com sensibilidade diminuída em membro pélvico esquerdo, com claudicação. pescoço . Lateral esquerda do corpo com pele escurecida, pelos embolados com tricotomia realizada na região do A PACIENTE CHARLOTE FOI RETIRADA DA CLÍNICA A paciente Charlote foi retirada da clínica, com o seu estado de consciência alerta, temperatura retal em 38,2°C, mucosas normocoradas, pulso regular e forte.
Antes da retirada da paciente Charlote, foi realizado limpeza da região dos pontos e regiões com sões de queimadura e aplicação de pomada, continuidade dos tratamentos que submetido a paciente Charlote.
A Paciente CHARLOTE estava sob efeito de medicações: antiinflamatório, antibiótico e analgésicos, que foram administrados as 20:00h, junto com a ofe rta de alimentação pastosa. A paciente CHARLOTE comeu com apetite normal, saindo alimentada e sob os cuidados e tratamentos com medicamentos prescritos. PROVIDÊNCIA TOMADAS E OUTRAS EM ANDAMENTOS Todos os exames e laudos da paciente foram entregues ao re sponsável legal da CHARLOTE, quando a paciente está seguindo tratamento em outra Clínica Veterinária, por decisão da família.
A direção da Clínica Veterinária Bendita Pata, está apurando os fatos, lamentando o ocorrido e tomando todas as providências que forem necessária para apurar as circunstâncias que se deu os fatos com a paciente CHARLOTE.
Ainda, como já antecipado ao tutor da paciente, todas as despesas no Hospital Veterinário Boa Esperança com o tratamento da CHARLOTE, colocamos a disposição para fazer o pagamento. Por fim, colocamos a disposição para outros esclarecimentos que julgarem necessários.
Everton 29/04/2023
Esse veterinário e um mostro vagabundo safado merecem falir tomara que ninguém procure mas essa clínica veterinária, aí só tem mostro.
1 comentários