facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 14 de Janeiro de 2025
14 de Janeiro de 2025

03 de Outubro de 2015, 18h:00 - A | A

GERAL / REDES SOCIAIS

Especialista adverte sobre consequências de compartilhar mentiras

O compartilhamento de informações sem a devida checagem é uma perigosa característica do mundo virtual, que vem acarretando problemas para muitos e vantagens ilegais, para outros.

KEKA WERNECK
DA REDAÇÃO



Um caso de 'viral' chamou a atenção em Cuiabá neste domingo (27). O cartaz de um menino tido como sequestrado, ou desaparecido no parque Mãe Bonifácia no período da tarde, foi compartilhado milhares de vezes, no Facebook e pelo WhatsApp, em Mato Grosso e até fora do estado, em questão de minutos. Acontece que o caso não era bem esse, mas, quando a Polícia começou a informar o que realmente tinha acontecido dezenas de pessoas já procuravam o garoto no parque, as forças de Segurança já tinham sido mobilizadas e até notícias divulgaram o fato que não ocorreu.

O publicitário de São Paulo, Eddie Gomes, da empresa Mesa de Marketing, especializada em redes sociais e que tem na cartela de clientes empresas do porte do Banco do Brasil e da Tok & Stok, por exemplo, afirma que o compartilhamento de informações sem a devida checagem é uma perigosa característica do mundo virtual.

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

Especialista em redes sociais alerta que por as pessoas não checarem a informação, antes de publicar, muitos tiram proveito dos virais, espalhados pela internet e WatsApp, inclusive financeiramente

Ele destaca que o jornalista deve checar todas as informações como prerrogativa profissional, mas as pessoas de modo geral não têm consciência disso e nem saberiam como fazer. Então propagam todo tipo de acontecimentos, sem saber se são verídicos ou não.

Segundo ele tem muita gente tirando proveito disso.

O especialista destacou o "caso Pedrinho", relativo a um menino que precisava de transplante.  Ele nasceu dia 22 de agosto de 2013, na maternidade Pro Matre em São Paulo, com 36 semanas e 1 dia, considerado prematuro tardio. Aos 9 meses, foi diagnosticado com a síndrome do intestino curto. A família fez campanha nas redes sociais para angariar recursos e levá-lo para realizar o transplante nos Estados Unidos. Durante a campanha, espalharam com a mesma imagem dele com uma outra conta bancária. De acordo com Eddie Gomes, teve muita gente que depositou dinheiro, tentando ajudar, na conta falsa.

O especialista em redes sociais destacou ainda que os políticos também são vítimas de inverdades disseminadas virtualmente. Até que se prove o contrário, o prejuízo para a imagem da pessoa afetada é incalculável.

Ele lembra, porém, que esse tipo de situação pode terminar em processo judicial ou investigação policial.

 

FALSA SEQUESTRADORA DE MT

Em Mato Grosso, uma mulher sofreu muito até provar, que ao contrário dos posts compartilhados na internet e WatsApp, ela não era uma criminosa que sequestrava bebês.

Após denunciar o marido por abuso sexual de sua filha e de sua enteada F.L teve sua imagem compartilhada como sequestradora de bebês e viveu dias de horror até cessar as publicações

Dias antes da falsa denúncia, F.L descobriu que o pai de sua filha abusava sexualmente de sua filha de 9 anos, e também de sua enteada, de apenas 11 anos. Nesta situação ela denunciou o caso à Polícia, que orendeu o acusado. A partir de então uma foto sua com o ex-marido foi publicada em várias matérias que relataram o ocorrido, mas depois essa mesma foto foi usada para alardear que eles seriam paraguaios e 'rodavam' o país roubando crianças, tendo sido vistos em Mato Grosso. Conforme F.L a partir de então sua vida teria se tornado um verdadeiro inferno.

Para conseguir cessar os 'ataques a sua imagem, F.L, de 27 anos teve que registrar boletim de ocorrência sobre a calúnia e difamação e depois publicar em seu perfil social um pedido para que as pessoas não repercutissem mais a falsa denúncia.

“Parem de compartilhar isso tudo é mentira. Não sou paraguaia sou de Cuiabá esse cara ai é meu ex-marido. Ele está preso porque ele abusou da filha dele e da minha filha. Vivi com esse monstro 10 anos, e não sabia que estava morando com o próprio inimigo”.

O caso ganhou repercussão nacional, e diversos veículo de comunicação publicaram a história da cuiabana.

 

 

Comente esta notícia