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Cuiabá, 25 de Maio de 2025
25 de Maio de 2025

19 de Junho de 2023, 11h:30 - A | A

GERAL / SUSPENDERAM SERVIÇO

Empresas de caçamba protestam contra prefeitura por aumento de taxa em Cuiabá

Previsão é que paralização dos serviços perdure ao longo da semana.

APARECIDO CARMO
DO REPÓRTER MT



Caçambeiros que atuam com a coleta de resíduos de construção civil em Cuiabá realizam uma paralização nesta segunda-feira (19) e protestam contra o aumento na tarifa para descarga do material e da falta de pontos de depósito para os resíduos. A cobrança é feita pela Prefeitura de Cuiabá, através da Empresa Cuiabana de Limpeza Urbana (Limpurb).

Os caçambeiros estão parados em frente à sede da Limpurb, no Distrito Industrial.

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Em conversa com o RepórterMT, o presidente da Associação dos Caçambeiros, Adir Arantes, explicou que, conforme a legislação federal, é responsabilidade do dono da obra o descarte dos resíduos, mas que é dever do Município destinar locais específicos para o descarte desse tipo de material.

“A lei federal diz que o resíduo da construção é responsabilidade de quem gera. É da obra, do dono da obra. E também diz que é o município que tem que fornecer pontos de descarga. Então o que aconteceu, a Prefeitura em 2008 contratou uma empresa para fazer isso. Só que essa empresa preparou umas instalações muito ruins. Aí a Sema chegou lá e só deu licença para receber resíduos Classe A”, disse.

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Os resíduos Classe A são aqueles oriundos de demolição como concreto, alvenaria, piso, azulejo e etc. Mas existem outras três categorias de resíduos que estão sem local para destinação. São elas: Classe B (serra, alumínio, cobre, papel, plástico, papelão, garrafa pet, madeira); Classe C (gesso, isopor, telha); e Classe D (lata de tinta, verniz e outros produtos químicos).

“Então quer dizer, nós levamos a caçamba na obra, se a pessoa coloca o Classe A, nós temos onde descarregar. Se coloca B, C e D nós não temos local para descarga. E o município é o responsável, mas não toma providência”, afirma.

Além disso, houve um aumento na tarifa cobrada pela descarga. O valor foi de R$ 15,00 para R$ 32,80, mesmo não existindo pontos de coleta suficientes na cidade. Segundo Adir, o caso está sendo acompanhado de perto pelo Ministério Público, que está em busca de uma solução para o imbróglio.

A previsão é que as 14h os caçambeiros saiam em carreata pela cidade, com destino à Prefeitura de Cuiabá. Segundo Adir, se não houver avanço nas conversas, a paralização deve se estender ao longo da semana.

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