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Cuiabá, 26 de Abril de 2024
26 de Abril de 2024

23 de Janeiro de 2023, 07h:00 - A | A

GERAL / CASO CARLINHOS BEZERRA

Em decisão, juíza reconhece falhas do poder público e diz que "nenhuma mulher está segura"

A servidora do TJ, Thays Machado, foi assassinada pelo ex-namorado Carlinhos Bezerra no dia 18 de janeiro

DÉBORA SIQUEIRA
DO REPÓRTER MT



Na decisão em que decretou a prisão preventiva do empresário Carlinhos Bezerra, por matar a ex-namorada Thays Machado e o namorado dela, Willian Moreno, a juíza Ana Graziela, da 1ª Vara da Violência Doméstica, destacou que a dinâmica do crime e o fato de a vítima ser servidora do Tribunal de Justiça mostram que "nenhuma mulher está segura".

“Era servidora do Poder Judiciário, tendo, inclusive, trabalhado em uma das varas especializadas em violência doméstica e familiar contra a mulher, deixando na sociedade, e principalmente nas mulheres, a certeza de que nenhuma está segura”, disse em trecho da decisão.

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A magistrada chama a atenção do Poder Judiciário para a responsabilidade, para melhorar a proteção dos direitos das mulheres e o uso de convenções internacionais de proteção aos direitos humanos para fundamentar decisões, assegurando às vítimas especial proteção, observando a Constituição da República e a Lei Maria da Penha, e com isso, agindo como agente garantidor da ordem pública.

“Isto porque não estamos aqui tratando apenas deste caso específico, ou ainda somente em razão das pessoas nele envolvidas, mas sim de uma conduta criminosa, perigosa e violenta, estruturada culturalmente, que vem dizimando mulheres em razão da simples condição de ser mulher em um país estruturalmente machista e que merece profundo repúdio e imediata atenção do Estado, enquanto detentor do direito da persecução penal”, destacou a juíza.

O crime

Carlinhos Bezerra é ex-convivente de Thays e não aceitava o fim do relacionamento. Ela estava namorando Willian há pouco tempo e vinha sendo perseguida pelo ex.

Os dois foram assassinados com pelo menos 13 tiros de uma pistola calibre 380, em frente ao prédio Solar Monet, no bairro Consil, na tarde de quarta-feira (18).

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Renato 23/01/2023

Pois é meritíssima a senhora tem razão, mas não são somente as mulheres que estão sem segurança e sim toda uma sociedade. Aliás o poder judiciário também falha quando julga, afinal muitas sentenças são reformadas. Em minha leiga opinião isto quer dizer que pode ter ocorrido erros de interpretação e com isto pessoas poderiam ser condenadas por algum crime que não cometeram. Este caso específico e claro e ululante e não tem saída para o criminoso, mas temos visto com frequência, casos em que pessoas são condenadas somente com as acusações verbais de uma mulher, sem investigações, cultura de DNA, uso de luminol, enfim, sem o uso de tecnologias que verdadeiramente comprovem o crime daquela pessoa. A situação é muito cômoda como hoje se encontra. Nós como sociedade queremos que os crimes contra as mulheres, os homens, os velhos, as crianças, a natureza, o sistema financeiro, ou seja, contra TODOS sejam tratados da mesma forma. Precisamos de menos corporativismo e mais igualdade para todos os casos.

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FENIX 23/01/2023

CASA DE FERREIRO, ESPETO DE PAU.

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2 comentários

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