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Cuiabá, 13 de Maio de 2024
13 de Maio de 2024

28 de Abril de 2024, 12h:00 - A | A

GERAL / “PRECISA DAR AUTONOMIA”

Dificuldade da "Geração Z" se encaixar no mercado de trabalho está ligada à criação com superproteção, alerta neuropsicóloga

Criados sem autonomia, jovens e adolescentes nascidos entre 1995 e 2010 têm sofrido dificuldades no trato social e dificuldade de inserção no mercado de trabalho.

DO REPÓRTERMT



A dificuldade da inserção de jovens da Geração Z no mercado de trabalho pode estar diretamente ligada ao excesso de facilidades e superproteção proporcionadas pelos pais na criação dessas pessoas nascidas entre 1995 e 2010.  A geração Z é fortemente marcada pelo advento da internet. A existência do mundo online influenciou como esses jovens entendem a realidade, comportam-se e se posicionam socialmente. É justamente no trato social e corporativo que esses jovens e adolescentes têm sofrido as maiores dificuldades em ações simples como manter contato visual, saber se comunicar e ser pontual o que tem deixado muitos fora do mercado de trabalho.

A neuropsicóloga Eliane Fernandes alerta aos pais que a superproteção deixa os filhos desprevenidos para enfrentar o mundo e acaba gerando sofrimento na vida adulta, por isso é preciso dar limites e responsabilidades às crianças e adolescentes, para que se desenvolvam de forma que saibam se comunicar bem, enfrentar frustrações e lidar com as práticas do cotidiano.

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“Nunca tire de uma criança o privilegio e alegria de fazer algo que ela dá conta. Então, se o seu filho consegue dobrar uma toalha toda errada, deixa ele dobrar toda errada. Se ele leva 10 minutos para amarrar o tênis, deixa ele amarrar o tênis dele, escolher a roupa dele. Deixa ele descobrir quanto custa uma coisa que ele gosta. Permita que a criança vivencie essa realidade, que ela entenda e seja protagonista da própria existência para que ela tenha o papel principal da vida dela”, observa a especialista.

Eliane explica que, sem ter aprendido a ter autonomia, os jovens e adolescentes que procuram ajuda psicológica chegam ao consultório carregados de sofrimento, frustrações e muito chateados com os pais por não permitirem que se desenvolvessem.

A especialista aponta que nesses casos a psicologia entra em um processo de psicoeducação, com o trabalho de ajudar a pessoa a se desenvolver e trabalhar habilidades, superando as frustrações.

“A grande virada de chave é quando a pessoa percebe o que era esperado para sua idade”, pontua.  

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