DA REDAÇÃO
A Defesa Civil do Estado, secretarias de Infraestrutura e Logística, de Meio Ambiente, Corpo de Bombeiros Militar (CBMMT), ICMBio, e a Prefeitura de Chapada dos Guimarães, montaram um grupo de trabalho para monitorar permanentemente os paredões da cidade turística, a fim de evitar tragédias como a que houve no Capitólio, em Minas Gerais, com desabamento de pedras.
Juntos, os órgãos fizeram uma vistoria nos paredões do “Portão do Inferno”. Especialistas apontam que pequenos deslizamentos de terra são normais para o período chuvoso, mas a população pode trafegar pela via com segurança.
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O secretário adjunto de Obras Rodoviárias da Sinfra, Nilton de Britto, afirmou que o Governo vai atuar para prevenir desmoronamentos na rodovia.
"Vamos acompanhar de modo permanente, e de forma visual, para evitar que deslizamentos bloqueiem a pista".
Conforme o representante da Defesa Civil, Lucas Souza Chermont, o órgão vai atuar na integração institucional para a criação de um grupo de trabalho para propor medidas preventivas no local. O objetivo é que a resposta seja rápida em caso de algum incidente.
"A situação, a princípio, está controlada. Estamos atuando junto ao serviço geológico da Sema para fazer um estudo mais avançado para que, se for necessário, façamos intervenção no local".
Conforme o doutor em geologia e analista da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Júlio César Arraes, a região é formada por arenito, que é uma formação rochosa frágil, e há um desgaste natural do material acelerado pela chuva.
"Em áreas como Chapada dos Guimarães, é normal acontecer desmonte de rochas, principalmente em épocas de chuva. Nada disso nos assusta, mas temos o compromisso com a população de preservar e salvar vidas. Então, estamos aqui para buscar propostas e projetos para amenizar riscos, preservando o turismo e também a saúde desses ambientes naturais", avalia o especialista.
A Chefe do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, Cintia Brazão, pontua que o ICMBio já tem monitorado áreas de risco dentro do Parque, principalmente as áreas onde há visitação.
"Mudamos trilhas de posição para reforçar a segurança dos visitantes e, quando necessário, pedimos ajuda aos nossos parceiros para realizar vistorias e assim dispor de melhores opções nas decisões técnicas".
Outros casos
O sinal de alerta vem após diversos problemas que as chuvas têm causado pelo país, a exemplo da tragédia no estado de Minas Gerais, onde 10 pessoas morreram após a queda de um paredão de rochas na área turística de Capitólio.
No ano de 2008, em Chapada dos Guimarães, a cachoeira Véu de Noiva também foi palco de tragédia semelhante, com a morte de uma adolescente de 17 anos e outras 20 pessoas feridas.
João 10/01/2022
E quanto a estrada nova de ligação Cuiabá a Chapada.... vai ficar só no projeto ou vai sair? ICMBIO e Governo vão esperar acontecer uma tragédia nessa rodovia para se movimentar?
1 comentários