KEKA WERNECK
DA REDAÇÃO
A partir da divulgação de um vídeo, pedindo apoio para a campanha de doação de medula óssea, que foi publicado nas redes sociais pela empresária Rose Sachetti, de 59 anos, que sofre de leucemia, e é esposa do deputado federal e ex-prefeito de Rondonópolis, Adilton Sachetti (PSB), centenas de pessoas compareceram na manhã desta quarta-feira (7) à campanha para cadastrar doadores, que está sendo realizada por voluntários em Rondonópolis, onde mora a família de Rose. A ação também ocorrerá em Cuiabá, articulada pela ONG Instituto Maria Stela. Até o momento, mais de 1700 pessoas já se cadastraram para doar. 'Para se ter uma ideia, durante todo o ano, apenas 4 mil se cadastraram no estado. Agora, em um único dia a campanha realizou quase 50% do volume anterior', diz a assessora de Sachetti, Carla Rocha.
Confira o vídeo.
Rose, que está em tratamento em São Paulo, tem leucemia e aguarda na fila por um doador de medula compatível.
Ela tem dois irmãos biológicos, mas a genética de nenhum dos dois é capaz de tirá-la deste quadro médico. No caso de leucemia e outras diversas doenças, o transplante é a única garantia de 100% de cura.
Ela tem dois irmãos biológicos, mas a genética de nenhum dos dois é capaz de tirá-la deste quadro médico.
No caso de leucemia e outras diversas doenças, o transplante é a única garantia de 100% de cura.
A compatibilidade é uma raridade. A relação é de uma pessoa para cada 100 mil. Mas esse encontro, entre doador e receptor, acontece e neste caso o receptor tem a chance de salvar uma vida.
Foi o que aconteceu com Luiz Henrique Vargas, de 42 anos, que, se inscrevendo no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), salvou um menino de 8 anos, de São Paulo.
Leia sobre a experiência dele aqui.
"Em nenhum momento ela se deixou abater ou desanimou. Para você ter uma ideia ela nem chorou na nossa frente”, conta a filha dela Ástrid Sachetti.
Além do Redome, há uma outra lista, de pessoas à espera de transplante, que é o Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea (Rereme), no qual a empresária Rose Sachetti está inserida.
Enquanto aguarda, Rose faz quimioterapia e ensina a lidar de uma outra forma com a doença que geralmente deprime. Ela mantém o bom humor.
“Minha mãe é uma pessoa ímpar. Em qualquer dificuldade, ela consegue transformar em exemplo. Então em nenhum momento ela se deixou abater ou desanimou. Para você ter uma ideia ela nem chorou na nossa frente”, conta a filha dela Ástrid Sachetti.
Sobre os primeiros sintomas, Rose conta que começou a sentir cansaço, manchas roxas no corpo e falta de apetite.
“Após o diagnóstico, fiz o que é chamado de primeira parte do tratamento: quimioterapia, que leva à redução quase a zero da produção de células vermelhas, células brancas e plaquetas”, explica.
A bióloga Flávia Galindo, responsável pelo laboratório de análise de compatibilidade do Hospital Geral Universitário (HGU), cadastrado junto ao Ministério da Saúde para realizar este trabalho, afirma que ainda é baixo o número de doadores de medula em Mato Grosso e que uma campanha deste porte pode ajudar a despertar a solidariedade.
A presidente do instituto, Margareth Buzzetti, explica que a entidade quer divulgar a causa ao máximo. “Tem muita gente com problema de leucemia e há um mito muito grande encima da doação da medula".
O trabalho que ela faz, sob sigilo, é identificar o perfil genético de cada doador, através de 5 ml de sangue.
Assessoria

Centenas já recolheram material para avaliar compatibilidade de doações
Esta informação vai para o Instituto Nacional do Câncer, que faz um giro constante entre o Redome e o Rereme, para ver se faz a conexão entre ambos.
A campanha da ONG Instituto Maria Stela e será realizada em Rondonópolis, nos dias 7 e 8 de outubro, e em Cuiabá, de 13 a 23 de outubro. Basta procurar em Rondonópolis o CEADAS e na capital o Hemocentro.
Leia mais sobre a campanha aqui.
A presidente do instituto, Margareth Buzzetti, explica que a entidade quer divulgar a causa ao máximo. “Tem muita gente com problema de leucemia e há um mito muito grande encima da doação da medula, que incialmente significa apenas ir ao Hemocentro, fazer o cadastro e deixar uma amostra de sangue”.
Arquivo Pessoal

Em tratamento em São Paulo, a empresária pede apoio.