DA REDAÇÃO
O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil de Cuiabá e Municípios (SINTRAICCCM) denuncia a situação de trabalho degradante que encontrou em uma obra da Prefeitura de Cuiabá, no bairro Paiaguás.
Segundo a entidade, no local, 12 trabalhadores, 5 deles vindos da cidade de Vila Bela da Santíssima Trindade, são submetidos a condições degradantes de trabalho.
Eles estariam dormindo no próprio local de trabalho, onde não há alojamento adequado e há muita sujeira. Segundo o presidente do sindicato, Joaquim Santana, os trabalhadores não estão se alimentando adequadamente, pois a empresa fornece sem periodicidade um sacolão, que é dividido entre eles. As refeições são cozidas com muita dificuldade, sem temperos e sem sal.
O total de comida fornecida tem garantido apenas uma alimentação por dia aos trabalhadores, o almoço. O sindicato deu prazo até à próxima quarta-feira (26) para que a Construtora G de Almeida Brito, responsável pela obra, resolva a situação dos trabalhadores, cumprindo os direitos garantidos por lei, ou levará o caso às autoridades competentes.
De acordo com Santana, a situação perdura há cerca de 7 meses. A obra é de uma creche escola de responsabilidade da Prefeitura Municipal de Cuiabá está sendo denunciada por condições degradantes de alojamento e por não cumprir o que determinam as leis trabalhistas em uma obra para a construção de uma creche municipal, no bairro Paiaguás, em Cuiabá. A denúncia partiu dos funcionários da obra e foi feita ao Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil.
Contratos
Segundo o sindicato, a raiz dos problemas relacionados às obras públicas em Cuiabá está no fato de a Prefeitura fechar contratos com empreiteiras pequenas e sem estrutura, já que as grandes empresas do ramo se recusam a negociar com a Prefeitura, temendo não receber pelo serviço.
De acordo com o sindicato, a denúncia sobre a situação dos trabalhadores da construtora foi recebida pela entidade por volta às 11 horas desta sexta e por volta das 15 h um funcionário do local ligou para o sindicato informando que o proprietário da construtora tinha ordenado que saísse do canteiro de obras ou chamaria a Polícia.
Joaquim Santana, então, foi até o local e acalmou trabalhadores, garantindo que a entidade vai acompanhar o caso, denunciou o ocorrido à imprensa e aguardará até a próxima quarta-feira para que a empresa se posicione. “Chamamos a imprensa para mostrar para a sociedade esta situação vergonhosa e para que, no futuro se algum trabalhador sofrer retaliações, possamos tomar as providências necessárias”, disse Joaquim Santana.