MAYARA MICHELS
A rede credenciada com o MT Saúde pararalisa definitivamente os atendimentos emergenciais a partir desta segunda-feira (17). Eles acusam falta de pagamento. Funcionários do estado e familiares, usuários do MT Saúde, estão passando por maus bocados na hora de fazer qualquer procedimento médico.
Segundo o Sindicato Estadual dos Servidores do Sistema Agrícola Agrário e Pecuário (SINTAP/MT), o estado não pagou os débitos com as instituições hospitalares e os prestadores de serviço demonstram que chegaram ao limite. “Se o governo do estado não implantar um novo plano para atendê-los, corre o risco dos usuários acamparem no Palácio Paiaguás”, alertou o presidente do Sinterp-MT, Gilmar Brunetto.
Desde o mês de agosto, o fórum sindical já vem atuando com fiscalização “in loco” na sede do plano, para assegurar o atendimento aos servidores da capital e interior do estado. Além disso, o Sintap-MT e a operadora do MT Saúde, São Francisco, realizou contato com algumas instituições hospitalares, a exemplo da Santa Casa de Misericórdia, com o intuito de retornar o atendimento, uma vez que o hospital estava atendendo apenas casos emergenciais.
O atendimento só será restabelecido após a Secretaria de Administração (SAD) dar uma posição para as instituições que atendem o plano de saúde.
Polêmica
O MT Saúde surgiu em 2004, no primeiro mandato do então governador Blairo Maggi. Os serviços funcionaram bem, até o final do segundo mandato. Nos últimos 2 anos, os transtornos só têm se acentuado, chegando o Tribunal de Contas do Estado sugerir, no ano passado, que o governo acabasse com o Plano, alegando que o custo para o contribuinte é incompatível com a administração pública.
Desde o ano passado, o MT Saúde, que conta com 54 mil pessoas entre titulares e dependentes, vive o dilema do possível fechamento. Deputados chegaram a entrar em consenso de que o MT Saúde deveria se ajustar às normas previstas na legislação, se tornando ‘autossustentável‘. O próximo passo seria encontrar ponto em comum para novo formato do plano junto ao governo de Mato Grosso, o que não ocorreu até hoje.
Outro lado
A Secretaria de Administração (SAD) confirmo, por meio da assessoria, que os repasses do governo estão atrasados e que não tem prazo para que o problema seja solucionado.
Sebastiao 18/09/2012
Servidores, solicitem através de requerimento o cancelamento do plano e do desconto em folha. Se não fizerem isso, vão ficar ainda mais no prejuízo, o que já não deve ser pouco. E mais, montem uma ação coletiva e acionem o governo do estado por estar "tomando" o dinheiro de vocês e no entanto a contra-partida não está acontecendo. Absurdo isso. Mas a atitude cabe a vocês.
sandra mara 18/09/2012
e as mensalidade, continua sendo descontadas, pra onde esta indo esse dinheiro então???
Tereza 18/09/2012
olha não tem nem palavras pra tamanha indignação e falta de respeito com as pessoas. tenho dó de voce governador e equipe, voces vão ver o que vão acontecer com voces, aqui faz aqui paga
natãnael sguarezi 18/09/2012
?
Iracema 17/09/2012
Tem 75 dias que estou tentando uma circurgia para minha mãe..primeiro o especialista na cirurgia só atendia em um hospital que não estava credenciado.O médico´passou a atender em um hospital credenciado a 30 dias.. desde então fiz nova solicitação.. que não saiu aprovação até o momento pela São Franciso em função do preço do material estar exorbitante.. custa R$ 13.800 para o MT Saude e custa R$ 3.000 em Ribeirão. a aí?... todos que estao precisando de cirurgia vão ter que ir a Ribeirão?..parece que sim já que ninguem mais vai atender em MT.. e quem paga o plano como fica?..
Margarida Flores 17/09/2012
E os descontos do salários dos servidores quando serão interrompidos? Se não tem atendimento não deve ter desconto.
6 comentários