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Todo mundo sabe - mas nem sempre acredita - que, para emagrecer, a melhor fórmula é dieta e exercícios. Uma prova do sucesso desta matemática é a jornalista Fernanda Thedim. Após ser desafiada por seu chefe a ser personagem de uma matéria que ela mesma fez sobre emagrecimento, ela abriu mão do excesso de comida e começou a malhar. Aos 32 anos, o resultado foi 55 quilos a menos na balança em 13 meses.
- Fui criança gordinha, adolescente obesa e adulta obesa mórbida, quando cheguei a 127kg. Essa condição é sacrificante. Eu afundava cadeira de praia, cinto de segurança de avião não fechava, e já quebrei cadeira de restaurante - lembra Fernanda, que, embora tenha resistido à sugestão do editor da revista em que trabalha, acabou aceitando o desafio: - Achava que as pessoas não viam que eu era gorda. Então, em um almoço com uma amiga, ela me disse: ‘Você não está escondendo que você está gorda. Todo mundo te vê assim’. Isso ficou na minha cabeça.
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O próximo passo foi a ida ao médico, que a orientou a fazer uma dieta saudável com baixo carboidrato e a matrícula na academia. Em sete meses, ela perdeu 45 quilos:
- A fórmula é fechar a boca e malhar. Além de se convencer de que está disposto a passar pelas provações. Depois que saiu a matéria, eu emagreci mais dez quilos - conta ela, que trocou massas, doces e qualquer coisa que tem muita farinha, por queijos brancos, frangos, peixe, legumes e verduras. - Eu abri mão de tudo que é bom. Mas o segredo da dieta mais proteica é se aventurar na cozinha e trocar os ingredientes. Meu arroz, por exemplo, eu fazia com couve-flor pouco cozida e triturada. Juntava outras coisas e fazia o meu arroz maluco.
Fernanda, que se considerava comedora compulsiva, acredita que este é o pior dos vícios para se livrar:
- Álcool e outras drogas você consegue passar longe, mas comida, você precisa para viver e está disponível em qualquer lugar. Hoje em dia não é fácil manter, mas penso se vale a pena comer besteira nos dois dias da semana que posso.
O resultado de tanto esforço e força de vontade resultou no livro “Corpo novo, vida nova – como perdi 55 quilos e ganhei saúde e autoestima”, que será lançado nesta segunda-feira, às 19h, na Livraria Argumento, do Leblon.
- Eu brinco no livro que eu não me via com 130kg. A gente cria uma imagem melhor do realmente é. Hoje, quando olho foto, continuo não me reconhecendo. Como a transformação foi muito gradual, fui acostumando bem com a minha nova imagem. Quando as pessoas falam que não me reconhecem, é minha glória - comemora ela, que hoje em dia pega onda, joga vôlei (como nos tempos de colégio) e malha: - A academia é uma obrigação. Preciso colocar o meu corpo no lugar. Não fiz nenhuma cirurgia reparadora e tenho um monte de estrias. Nunca vou ter corpo de quem nasceu magra. É normal ter algumas coisas fora do lugar.
Apesar de já estar bem, com 72kg, a jornalista ainda quer perder mais cinco quilos e, por isso, mantém a dieta de segunda à sexta-feira.
- Isso é a manutenção. No fim de semana, como o que gosto de comer, mas com um certo peso na consciência.