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27 de Outubro de 2017, 08h:31 - A | A

VARIEDADES / SAÚDE E BEM ESTAR

Envelhecer ainda assusta as pessoas, aponta pesquisa

A tendência é que o Brasil chegue nesta marca nos próximos anos. E para que isso não gere um colapso na sociedade, as gerações precisarão viver em harmonia

EXTRA GLOBO



Nas últimas décadas, o brasileiro tem vivido mais. A expectativa média de vida aumentou para 77 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas o envelhecimento ainda assusta 14,9% das pessoas com idade superior a 55 anos. É o que mostra uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG)-São Paulo em parceria com a Bayer.

Os entrevistados apontaram o medo de estar sozinho (29,3%), de não andar ou enxergar (21,3%) e de desenvolver uma doença grave (18,2%) como os principais motivos do receio em relação ao avanço da idade.

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— Ainda é comum os olhos da sociedade se voltarem para a velhice, com preconceitos e rótulos. Mesmo que o envelhecimento faça parte de um processo natural do ser humano, ele ainda é acompanhado por estigmas que precisam ser quebrados — afirma Maisa Kairalla, presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia-São Paulo.

Para envelhecer bem, o gerontólogo e presidente do Centro Internacional da Longevidade Brasil Alexandre Kalache lista os quatro “capitais” que devem ser acumulados ao longo da vida.

— O primeiro é a saúde, o outro é o conhecimento. O terceiro é o social. É fundamental que a gente capriche neste ponto, pois chegará um momento da nossa vida que precisaremos de alguém para cuidar de nós. E o último, é o capital financeiro, para quem tem o privilégio de acumular.

Hoje, considerando o mundo todo, há mais idosos com 65 anos do que crianças de 5 anos. A tendência é que o Brasil chegue nesta marca nos próximos anos. E para que isso não gere um colapso na sociedade, as gerações precisarão viver em harmonia.

— É importante que a gente desenvolva uma cultura do cuidado em resposta a esta revolução da longevidade. Teremos mais pessoas idosas para nos orientar, desde que a gente estabeleça uma relação entre o idoso e o jovem — diz Kalache.

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