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Cuiabá, 25 de Abril de 2024
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18 de Novembro de 2018, 07h:55 - A | A

VARIEDADES / CIÊNCIA E SAÚDE

Aquecimento global reduz a produção de espermatozoides, diz pesquisa

Para criar espermatozoides saudáveis, a temperatura exterior dos testículos tem que ser mais fria do que a interna.

GALILEU



Cientistas sugerem que as temperaturas cada vez maiores do mundo, provocadas pelo aquecimento global, podem reduzir a produção de espermatozoides pelos homens. A indicação foi feita após um estudo com besouros castanhos (Tribolium castaneum). 

Matt Gage, ecologista da Universidade de East Anglia, no Reino Unido, afirmou que os besouros foram usados ​​porque são uma das espécies mais comuns do planeta. “Esses resultados são muito importantes para entender como as espécies reagem à mudança climática. Sabemos que a biodiversidade está sofrendo, mas as causas específicas e as sensibilidades são difíceis de definir", disse ele em entrevista ao jornal The Independent. "Mostramos neste trabalho que a função do esperma é sensível quando o ambiente aquece."

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Na pesquisa, os besouros foram submetidos a condições de controle e uma "onda de calor" de 13 graus acima da temperatura típica que durou cinco dias. Publicado na revista Nature Communications, o estudo mostrou que o aquecimento prejudicou a reprodução masculina, mas não a feminina. 

A  onda de calor sucessiva quase esterilizou os besouros machos. Segundo o Centro Médico da Universidade de Rochester, para que possam ser criados espermatozoides viáveis, a temperatura exterior dos testículos tem que ser mais fria do que internamente.

De acordo com os pesquisadores, o besouro macho que foi capaz de produzir espermatozoides em uma temperatura mais alta teve descendentes que viveram menos tempo do que a média. 

“Pesquisas também mostraram que o choque térmico pode prejudicar a reprodução masculina em animais de sangue quente, e trabalhos anteriores mostraram que isso leva à infertilidade em mamíferos", informou o especialista Kris Sales. "Nossa pesquisa mostra que as ondas de calor reduzem pela metade a capacidade reprodutiva masculina, e foi surpreendente consistente."

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